Um levantamento estatístico do Sistema de Informações Penitenciárias, o Infopen, órgão do Ministério da Justiça, revela que o número de mulheres presas no Acre saltou de 124 (2007) para 172 (2014). A maioria dessas prisões se deu por envolvimento com o tráfico de drogas.
Foi constatado que no Acre 41% do total de presas ainda não foram julgadas, segundo o estudo do Infopen. Outro dado importante é que 100% das acreanas encarceradas declararam ser de cor negra e apenas 3% das presas são estrangeiras: uma asiática e seis das Américas.
O estudo possibilitou ainda obtenção de um dado positivo, uma vez que 42% das mulheres presas desenvolvem alguma atividade laboral. Em comparação com os demais estados, o Acre tem 97% do percentual de mulheres com alguma atividade laboral t por meios próprios ou sem a intervenção do sistema prisional. Esse é o maior contingente no País.
Segundo o relatório, foi possível constatar ainda que a população absoluta de mulheres encarceradas no sistema penitenciário brasileiro cresceu 567% entre os anos 2000 e 2014, chegando ao patamar de 37.380 mulheres. Enquanto que a população de homens encarcerados cresceu 220% no mesmo período, seguindo a tendência geral de aumento do encarceramento no Brasil.
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