Na sequência do trabalho que vai resultar nas matérias que sairão no quinto número de Futebol Acreano em Revista, tive a oportunidade de conversar, nessa semana que recém passou, com vários personagens pra lá de interessantes do passado do futebol “seringueiro”. Um deles, o meio de campo Papelim, que jogou em todos os grandes clubes locais, fez sucesso no paraense Clube do Remo, e foi até pra China.
Esse lance de ir pra China, aliás, foi uma das histórias mais mirabolantes vividas pelo Papelim. Ele passava por um período de testes em Portugal, num time chamado Vilanovense. Foi quando um empresário lhe perguntou se ele topava a aventura no continente asiático. Papelim topou e diz, agora, que foi a maior furada.
Pra começar, o ex-craque explica que a cidade do time para onde ele foi ficava no interior do país. E ele viajou sozinho, sem falar ou compreender absolutamente nada em mandarim (a língua lá deles) ou coisa que o valha. Nem mesmo inglês o Papelim sequer arranhava. Acabou chegando, mas até hoje ele não sabe dizer como.
Papelim ficou somente onze dias na China. Os treinos diários aconteciam em três sessões. Apenas atividade física, sem direito a contato algum com a bola. Mas o pior mesmo era na hora das refeições. Cada prato era mais estranho do que o outro, num cardápio que variava de colhões de porco do mato a barba de bode, passando por miolo de macaco prego. Papelim perdeu cinco quilos em pouco mais de uma semana.
Essa aventura na China aconteceu em 1997. Papelim já estava com 30 anos (ele nasceu em 1967). Mas ainda tinha muita bola para gastar. Tanto que ao voltar para casa teve tempo para vestir três camisas: Independência (1998), Atlético Acreano (1999) e Rio Branco (2000), sagrando-se campeão pelo primeiro e pelo terceiro.
Antes de ir pra China, porém, Papelim teve oportunidade de mostrar todo o seu talento por times de três estados: Acre, Pará e Amapá. Sempre jogando em alto nível, ele precisou somente de uma partida, em 1991, com a camisa do Independência, pelo campeonato brasileiro da série B, para atrair a atenção dos dirigentes tanto do Remo quanto do Paysandu. Acabou indo para o primeiro, onde brilhou com intensidade.
No Amapá, Papelim jogou pelo São José. Foi contratado junto com um grupo de outros jogadores que atuavam no futebol paraense. Foi, viu e venceu, sagrando-se campeão estadual na terra do manganês, no ano de 1993. Ficou só um ano. Na volta a Belém, em 1994, foi contratado para disputar a primeira divisão do futebol nacional pelo Paysandu. Entretanto, por implicância do técnico da hora foi titular só uma vez.
Depois de parar com a bola, Papelim virou técnico. Já treinou o Rio Branco (2002 e 2003), o Adesg (2004), o São Francisco (2005) e o Amax (2014). Atualmente trabalha na Prefeitura de Rio Branco, enquanto espera um convite para treinar algum time. Quanto ao resto da história, leitor, isso você só vai saber quanto a revista sair. Rsrsrs!
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