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Inquérito policial pode apontar inocência de Wesley Barros; Bernardo pode ser denunciado ao MP

Por
Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

Um briga generalizada ocorrida em frente a uma boate, na Avenida Ceará, Centro de Rio Branco (AC), continua sendo alvo de investigações da Polícia Civil (PC). Passadas duas semanas do caso, o delegado responsável por acompanhar o episódio, Adriano Araújo, da Delegacia da 1ª Regional, comentou sobre o caso.


ENTENDA O CASO
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Segundo o investigador, quatro pessoas estão arroladas ao inquérito na qualidade de testemunhas. Elas devem esclarecer parte do caso. Todas foram citadas pela vítima, o jovem Neto Miranda, de 19 anos, que foi atropelado em frente à casa noturna. Uma discussão, dentro da boate, teria acarretado no atropelamento, e posteriormente, numa tentativa de linchamento.


Para o delegado, ainda não há condições de dizer se o designer Bernardo Rabelo, vai responder por tentativa de homicídio. Ele foi usado por atropelar Neto. “É preciso, ainda, ouvir as testemunhas, para saber se o que se deu vai ser ou não tentativa de homicídio, ou uma mera lesão corporal com veículo automotor”, explicou Adriano.


Adriano contou que os advogados de Bernardo “já compareceram” à delegacia, “para colocá-lo à disposição”. Mesmo assim, disse o delegado, preferiu-se “não fazer a oitiva naquele momento”, visto que apenas após o recebimento dos documentos da Delegacia de Flagrantes (Defla) é que se tomou conhecimento real “do que havia acontecido, e das acusações”, afirmou.


Até o momento, apenas “foram ouvidos o Wesley, e a vítima, o Neto. Wesley relatou que não atropelou ninguém. Quanto ao Neto, ele confirmou que o Wesley não o atropelou, e que o responsável pelo atropelamento seria realmente o Bernardo”, conta o delegado.


Ainda segundo o delegado Adriano Araújo, os agressores de Wesley já foram identificados. Eles podem responder por tentativa de homicídio, caso seja prestada queixa numa delegacia de polícia. Entre os objetos utilizados para agredir o jovem estão barras de ferro, pedaços de madeira e até uma marreta.


A reportagem conversou com Wesley Barros. O rapaz negou ter tentado atropelar Neto, e garantiu que o carro em que ele estava não era de sua propriedade. Segundo ele, o veículo de cor prata, que aparece nas imagens da confusão, nunca foi dele, mas de um amigo, que foi ao local para tentar ajudá-lo.


“Eu já esperava isso. Eu sempre falei a verdade, perante o delegado, ou às pessoas que me perguntaram o que aconteceu. Eu sou mais uma vítima de tudo que aconteceu. Eu sou a própria vítima. Eu dirigi o carro, mas eu só o peguei para tentar fugir daqueles que estavam querendo me linchar. Eu peguei apenas para tentar fugir do local”, conta.



Wesley negou que teria entrado em conflito com os rapazes que o agrediram do lado de fora da boate. Ele também reclamou por ter sido algemado durante a prisão. “O que eu mais queria naquele momento era sair dali. Eram quinze jovens, quinze homens tentando bater em você. O que você faria? O que eu mais queria era fugir do local”, relata ao dizer que já procurou “todos os meios” para que as pessoas que o agrediram sejam punidas com o rigor da lei.


Ainda segundo ele, “o que foi mais prejudicado foi o meu lado profissional. Usaram o meu nome, e principalmente o nome do meu pai, e da igreja dele. Eu já tenho 23 anos, minha profissão, sou publicitário, e já me responsabilizo por meus atos. A partir do momento que usaram o nome do meu pai, me prejudicaram. Tentaram me transformar em um assassino”, finaliza.


O portal tentou falar Bernardo, mas ele preferiu não gravar entrevista sobre o assunto. Contudo, indicou o advogado, com o qual o ac24horas não conseguiu contato telefônico. A mãe de Neto Miranda, Beth Miranda, não quis gravar entrevista, mas disse que aguarda parecer do inquérito policial para se pronunciar novamente sobre o assunto.


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Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

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