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O zagueiro Chicão

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Fiz uma entrevista, durante essa semana que recém passou, com o ex-zagueiro Chicão, provavelmente o jogador de carreira mais longa da história do futebol acreano. Durante 19 anos, de 1979 a 1998, ele vestiu, com rara eficiência, as camisas do Rio Branco, do Atlético, do Independência, do Juventus e do Vasco da Gama.


Se for contar o seu tempo como infantil, Chicão jogou futebol por nada menos do que 30 anos! Sim, porque já em 1969, pouco depois de completar 11 anos, ele saiu de Porto Velho, cidade onde morava com a família, para se integrar aos infantis do Fast Club, de Manaus. Era o início de um sonho que, algum tempo depois, o faria migrar para o Acre, onde conquistou títulos, criou família e fincou profundas raízes.


Antes de mudar para o Acre, porém, Chicão teve tempo ainda de defender três clubes: São Raimundo, da paraense Santarém (1970); Ipiranga (1971) e São Domingos (de 1972 a 1978), estes dois de Porto Velho. Foi jogando neste último que o futebol vigoroso dele chamou a atenção do dirigente acreano Sebastião Alencar.

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No primeiro ano defendendo o Rio Branco, Chicão venceu tudo o que disputou: o Torneio Início, o campeonato estadual e o Copão da Amazônia. De acordo com o relato dele, já no seu início no Estrelão ele encontrou duas criaturas que marcariam a sua carreira para sempre: o técnico Antônio Leó, que lhe ensinou os segredos da posição; e o zagueiro Cleiber, com quem viria a se entender à perfeição.


Foi pelo Rio Branco também que ele confessa ter vivido um dos seus momentos de maior emoção. Por ironia do destino, esse tal momento, segundo Chicão, aconteceu justamente na cidade de Porto Velho, de onde ele havia saído, num jogo amistoso contra o Ferroviário. O Rio Branco perdia o jogo por dois a um, até aos 46 minutos do segundo tempo. E coube a Chicão empatar com uma cabeçada mortal!


Sobre os melhores jogadores do futebol local, Chicão destaca quatro que, segundo ele, poderiam figurar na escalação de qualquer time do Brasil de hoje: o goleiro Illimani, o volante Mário Vieira, o meia Dadão e o centroavante Bruno Couro Velho. “O Bruno tinha pouca técnica, mas era um goleador fantástico!”, diz Chicão.


Além dos feitos esportivos como atleta, Chicão ainda gosta de falar de duas outras glórias: a de ter revelado, enquanto técnico das divisões de base do Rio Branco, vários jogadores do futebol local, entre os quais cita Tragodara, Geovane, Polaco e Athirson (hoje no Flamengo carioca); e a de ter sido agraciado com o título de cidadão rio-branquense, por indicação da então vereadora Eliane Sinhasique.


Mas a entrevista completa, leitor, você só poderá ver no próximo número da publicação Futebol Acreano em Revista, que hoje está sendo produzida pelo velhinho aqui e pelo parceiro Manoel Façanha. O Chicão é um dos personagens, mas muitos outros terão o seu perfil devidamente documentado. A revista sai em dezembro!


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