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Secretário-adjunto da ONU dá aula sobre sustentabilidade e desenvolvimento social

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Membro da Organização das Nações Unidas (ONU) há quase 30 anos, Carlos Lopes, que atualmente ocupa do cargo de secretário-geral adjunto da instituição, deu uma verdadeira aula sobre sustentabilidade e desenvolvimento social, durante encontro na cidade de Rio Branco, capital do Acre.


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Carlos Lopes voltou a criticar o que chama de “barreira da hierarquização” na tomada de decisões para o progresso sustentável. Segundo ele, as dimensões ambiental, social e econômica são tratadas separadamente, quando deveriam ser consideradas como um todo.

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“Estamos numa fase sobre o sistema financeiro, se de fato vamos ter o mercado e as questões econômicas acima das questões humanas e sociais. E agora, cada vez mais, há essa discussão sobre como integrar a questão econômica, com a questão social e humana, e nós, através do comércio, sempre defendemos a livre circulação de bens, serviços e mercadorias, mas sempre hesitamos na livre circulação de pessoas. E isso tem a ver com a crise migratória”, classificou.


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Ainda segundo o secretário, “o Acre é o estado que sempre inovou e tem uma marca. Neste ano, a ONU está desenvolvendo uma nova agenda. Estamos entrando numa nova etapa, onde há integração entre os pilares econômico, social e ambiental. As experiências do Acre estão servindo não só para o Brasil, mas também para fora do país”, completa.


Lopes lembrou alguns dos projetos desenvolvidos pelo Acre, considerados por ele como palpáveis à discussão global. Além disso, ele comentou a proteção à floresta e de que forma tem se pensado o desenvolvimento global nos setores formadores das Nações Unidas.


Segundo ele, o “Acre está trabalhando essas cadeias [produtivas] para pautar o desenvolvimento. Aquilo que os ambientalistas defendiam era a proteção da floresta, mas a proteção da floresta não pode por si só resolver o problema das pessoas”, explica.


Para ele, as propostas que vêm sendo trabalhadas pelo governo do Acre buscam, em tese, o uso da floresta, “mas através de uma forma criativa”. Uma das alternativas seria, então, trabalhar a “piscicultura, introduzindo tecnologias avançadas”, o que sugere a criação de empregos, considerando sempre que, ao criá-los, “vamos fazer com que as pessoas desmatem menos”, acredita.


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Para o governador do Acre, Sebastião Viana, “o secretário-adjunto é um dos homens mais influentes do planeta. Talvez ele seja o maior conhecedor sobre a África. Queremos beber dessa fonte de sabedoria, dessa diversificação de sabedoria. Esse é sempre o melhor caminho para quem quer entender de economia”, disse o governador sobre o membro da ONU.


Segundo Viana, “já são mais de 52 mil imigrantes que entraram por aqui. O Acre tem dado uma grande lição. Enquanto muitos maltratam, aqui a gente diz: ‘olha nós temos diante de nós uma questão humanitária que temos que tratar com muito zelo, com muita responsabilidade’”, comentou o governante, ao comentar a entra de imigrantes haitianos e senegaleses pela fronteira brasileira, passando pelo Acre.


QUEM É?


Com uma história de vida sempre inserida nas lutas sociais, Carlos ocupa hoje um dos cargos mais importantes da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele tem uma vida profissional marcada por incursões no mundo acadêmico e político antes de integrar a ONU em 1988, consolidando uma carreira de mais de 20 anos. Ele já esteve no Acre em 2008, quando lançou livros de autoria própria.


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