Mais de dois meses após ter sido beneficiado com o regime semi-aberto, o ex-coronel Hildebrando Pascoal, que cumpriu dois terços da condenação o que o deixa apto a ingressar na progressão de pena, permanece no presídio Antônio Amaro Alves em Rio Branco, depois de ter tido o direito à liberdade condicional cassada pelo desembargador Roberto Barros, do Tribunal de Justiça do Estado do Acre.
A família de Hildebrando Pascoal ficou ansiosa durante esse tempo todo. A casa do ex-coronel no bairro Aviário em Rio Branco recebeu uma pequena reforma para recebê-lo ainda no dia 04 de agosto deste ano, quando a juíza Luana Campos, da Vara de Execuções Penais, decidiu pela progressão da pena de Hildebrando, porém já se passam mais de 70 dias em que o ex-coronel é mantido na prisão por causa de uma liminar.
Hildegard Gondim, filho Hildebrando Pascoal lamenta a demora da Justiça no caso de seu pai. Em dois momentos, de agosto para cá, o ex-coronel teve a chance de enfim gozar de seus direitos: a primeira, através de um habeas corpus de sua então defesa, que foi rejeitado pelo STJ. A segunda, na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre, quando o julgamento do mandado segurança foi suspenso pelos desembargadores.
Um defensor público que vinha defendendo o ex-coronel foi tirado do caso porque a família Pascoal resolveu contratar um banca de advogados nacional. A defesa de Hildebrando passou a ser feita pelos advogados Marcos Roberto da Cunha Nadalon e Leonardo da Silva. Por enquanto, a família aguarda pela Justiça.
“Não tem previsão nenhuma ainda. A família contratou novos advogados, mas não tem novas previsões para um novo julgamento. Você sabe que não é simples assim. Se fosse para cumprir a lei ele já estaria em casa, já estaria cumprindo o regime de progressão, mas não é bem assim, infelizmente”, disse decepcionado o filho do ex-coronel.