Na viatura vindo para Rio Branco estavam o major Moura, sargento Nogueira, soldado Cláudio e o funcionário civil Vangleisson. Na BR-364 a jovem grávida Nivane da Silva de Lima, acenou pedindo ajuda. Segundo ela, já teria viajado mais de oito horas de barco no Rio Acuráua e ainda faltavam 40 quilômetros para chegar ao hospital de Tarauacá.
. “Assim que a moça entrou na viatura percebi que seria necessário fazermos o parto. Paramos a viatura e vi que tínhamos uma boa equipe. Eu fui o médico, o sargento foi enfermeiro, o soldado o auxiliar e ainda tínhamos o cinegrafista”, falou sorrindo o major Moura.
Ainda segundo o major, a hora mais difícil foi o momento de cortar o cordão umbilical. “Na viatura tinham luvas e gazes, mas não tínhamos tesoura. Tivemos a ideia de pegarmos a lâmina de um barbeador, mas pela graça de Deus passou um peão que tinha um canivete e nos emprestou”, finalizou aliviado o comandante.
Sexto Filho
De acordo com a mulher esse é o sexto filho, todos os outros nasceram de parto normal na comunidade Saudade onde ela mora, às margens do Rio Acuráua, na zona rural do município de Tarauacá. Ela viajou por oito horas de barco até a ponte sobre o Rio Acuráua, na BR-364, há cerca de 40 km de Tarauacá quando encontrou os militares.