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A presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, já providencia um recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça do Acre, que, na manhã desta quarta-feira, arquivou o mandado de segurança que pedia, em liminar, que o governo fosse proibido de cortar salários dos professores em greve. O recurso será protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF).
O argumento dos desembargadores, de que não havia provas suficientes de o governo cortaria salários, é questionado pelo sindicato da categoria. “Nós apresentamos contra-cheques dos servidores, em que a remuneração de muitos trabalhadores aparece pela metade. Em alguns casos, o corte foi superior a 50% do salário bruto”, disse Rosana. “Nós também anexamos no mandado de segurança as reportagens de jornais, em que o secretário de Educação e o próprio governador anuncia, como retaliação, que os salários seriam cortados, como foram de fato”, disse a sindicalista, que também preside a Central Única dos Trabalhadores no Acre (CUT).
“É questionável uma decisão desse nível. Como é possível acreditar no Judiciário do Acre, enquanto em outras unidades da federação juízes e desembargadores se manifestaram claramente contrário ao corte de salários dos trabalhadores da educação. Salários significam alimentos, e alimentos são fonte de vida”, declarou.
“É por isso que nós sempre defendemos que os membros dos tribunais de justiça não sejam indicados por chefes do executivo”, concluiu Rosana Nascimento.