Na carta, Márcia Regina justifica seu pedido de desfiliação. O principal motivo pode ser a saída do PV da Frente Popular em 2014, quando o partido apresentou o ex-deputado Henrique Afonso, como vice na chapa de Tião Bocalom (DEM) na disputa pelo governo do Acre. Com a derrota do oposicionista, a presidente Shirley Torres procurou o comando da FPA para retorna à coligação, mas a relação da dirigente ficou arranhada com a maioria dos filiados.
“Mantivemos a coerência de nossa ideologia com o programa do partido, mesmo quando enveredou por caminhos contraditórios capitaneados pela executiva estadual, a qual o diálogo e a capacidade de compilação desde então tornou-se limitada e irresoluta. Fazemos circular nosso pensamento protocolando pedido de desfiliação, não estando nossas insatisfações ligadas a ideologia da legenda, e sim, a saturação da convivência partidária”, diz Márcia Regina.
O jovem revela ainda que dentro do PV prevaleceram as vontades pessoais de Shirley Torres, destacando que a saída dos verdes da FPA não foi na base do consenso. “Mesmo com a maioria dos filiados optando pela permanência do PV na Frente Popular, ela levou o nome do partido para oposição. Quando decidiu voltar também prevaleceu sua individualidade, ela procurou o governo, ganhou um cargo e não deu qualquer explicação para os filiados”, finaliza Jefferson.
O destino de Márcia Regina e Jefferson Barroso deverá ser o PHS, um dos partidos que se mantém fiel ao projeto da Frente Popular. A legenda montou uma chapa de pré-candidatos a vereadores de Rio Branco, que poderá surpreender nas próximas eleições. A dama de ferro é uma das postulantes a vaga de vice na chapa do prefeito da capital, Marcus Viana (PT), apesar dos boatos que o alto clero da coligação quer apresentar chapa puro-sangue.