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Pais e alunos fazem abaixo-assinado por causa de condições insalubre de escola do governo

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Os alunos da Escola Estadual Pedro Martinello, situado do bairro Montanhês, não estão nada contentes com o tratamento dado pelo poder público quanto as condições e o ambiente de ensino ofertada naquela instituição. Na tarde desta quarta-feira, 09, a reportagem do ac24horas foi convidada a conhecer os reclames dos estudantes, que já reuniram quase 700 assinaturas, que compõem um abaixo assinado, que deverá ser entregue ao secretário estadual de Educação Marco Brandão nos próximos dias.


Uma das reivindicações mais pertinentes é quanto a falta de climatização das salas de aulas, que segundo uma das servidoras – que preferiu não identificar – é promessa antiga da secretaria. “A cada começo de ano a promessa é a mesma: vamos climatizar todas as salas de aula, mas nada acontece, fica só na promessa!”, desabafou pelos corredores a servidora.

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O estudante do 3º ano do ensino médio, Paulo Botelho, 17 anos, relata que se ao menos os ventiladores funcionasse já amenizaria muito a situação, mas a realidade é outra. Na maioria das salas, os ventiladores não funcionam e algumas delas contam com somente um ventilador funcionando para uma sala entre 30 a 40 alunos, que tentam estudar num calor de 34 graus e sensação térmica que ultrapassa os 36 graus.


“É algo insuportável ter numa sala de aula tantos alunos e sequer os ventiladores funcionam como deveriam. Tem dias que permanecer na sala de aula pra gente é uma tortura, não conseguimos nos concentrar como deveríamos, por isso o processo de aprendizagem fica lento demorado e árdua para ambos os lados. Sinceramente, chega a ser indignante a situação em que estamos sendo subordinados a estudar” desabafou o estudante.


Os problemas não param por ai, no abaixo assinado, os estudantes, pais de alunos e a comunidade pede além da urgente climatização das salas de aula, uma reforma nos banheiros femininos, pois muitos estão sem portas, uma reforma na parte elétrica, já que após inúmeros roubos praticados contra a escola os alunos ficaram impedidos de praticar aulas de informática por falta de internet, sem contar ainda que a maioria dos computadores encontram-se com defeito. De 20 computadores, apenas 14 estão aptos a serem utilizados.


A quadra de esporte é outra reclamação dos estudantes, que a considera uma armadilha, pois as grades que deveriam proteger de um eventual impacto oferecem sérios riscos à vida, já que apresentam rompimentos e rasgos ao redor da quadra.


Outra reclamação pertinente é quanto as condições do Laboratório de Ciências, local projetado para realizar aulas práticas, virou um depósito de livros e coisas velhas. Lá, ao invés de uma ambiente de aprendizado, é possível encontrar móveis velhos, ventiladores danificados, livros desatualizados, computadores velhos e outros pertences sem valor. Além disso, de frente a entrada do portão da escola: um esgoto a céu aberto dá as boas-vindas aos estudantes, que obrigatoriamente convivem com o odor desagradável dentro e fora das salas de aula.


Os estudante ressaltam que são solidários com os professores. Segundo eles, os professores são penalizados caso não cumpram e garantam os bons índices de conhecimento exigidos pela secretaria de Educação. “Mas o problema não é deles (professores) e, sim, do estado que nos penaliza, nos deixando a míngua e a margem da sociedade. Estudar em salas superlotadas, em ambiente insuportavelmente quente e abafado prejudica nosso aprendizado. Parece que vivemos num passado onde não tínhamos acesso à tecnologia. Hoje vivemos um retrocesso ao padrão ensino rustico tradicional do passado”, desabafou Paulo Botelho, estudante que lidera a realização do abaixo assinado.


A reportagem tentou contato com os professores e a coordenação de ensino, mas nenhum quis comentar o assunto. Os estudantes relataram que não falam por temerem represálias por parte da Secretaria de Educação. “Essa iniciativa é deles (alunos e pais de alunos), não queremos falar a respeito, mas respeitamos e entendemos que eles estão no direito de reclamarem”, disse uma das servidoras que preferiu não se identificar.


 


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