Os cerca de 80 participantes estarão da Conferência Latino-Americana sobre Financeirização da Natureza, que começou último dia 24 e terminou ontem em Belém (PA), emitira moção de repúdio ao que eles consideram “tentativas de financeirizar a natureza no Estado do Acre”.
Segundo a organização, os pagamentos por Serviços Ambientais e REDD + são mecanismos que tem por objetivo a apropriação dos territórios de comunidades tradicionais e povos indígenas.
Na conferência foram feitos vários debates e reflexões sobre a mercantilização e financeirização da natureza que gera impactos e violações de direitos das comunidades tradicionais e riscos para os bens comuns, como os casos citados no Acre.
MOÇÃO DE REPÚDIO
Nós, organizações internacionais, latino-americanas, participantes da Conferência Latinoamericana sobre Financeirização da Natureza, reunidos nos dias 24 a 27 de agosto de 2015, em Belém, capital do Estado do Pará, vimos publicamente repudiar as tentativas de financeirizar a natureza no Estado do Acre, precisamente pelos mecanismos de Pagamentos por Serviços Ambientais e REDD + por se tratar de uma nova terminologia para seguirem se apropriando dos territórios de comunidades tradicionais e povos indígenas.
Reafirmamos total apoio aos povos indígenas, comunidades tradicionais e instituições que estão resistindo na luta contra o capitalismo verde e toda forma de financeirização da vida e da natureza. Por entender que estes programas não atendem as necessidades reais das comunidades afetadas.
Denunciamos ainda que mecanismos como REDD + são uma falsa solução e não reduzem os crimes de empresas e governos contra a natureza e as suas mais diversas formas de vida.
“Aterra não se vende
A terra se defende”
Autor: Assessoria – Editores RECOs