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“Eu quero virar esta pagina, mas eu acho que tem pessoas com a consciência pesada pela maldade que tentaram fazer”, diz Jorge Viana, ao apresentar desisão do TSE que arquiva o processo que pedia a cassação de seu mandato

Por
Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

“Eu só espero que o Brasil se livre deste tipo de coisa de tentar mudar resultado de eleição na Justiça, de tentar fazer a condução de eleições por atalhos, por artimanhas”, disse o senador Jorge Viana (PT), durante entrevista coletiva para falar da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que arquivou o processo impetrado pelo Ministério Público Eleitoral do Acre, em 2010, pedindo a cassação de seu diploma e de todos os candidatos da chapa majoritária da FPA.


O petista destaca que encapou uma verdadeira batalha jurídica para provar sua inocência no processo. Jorge Viana destaca ainda que a decisão favorável a ele poderá servir parâmetros para arquivar os processos contra o governador Sebastião Viana (PT), César Messias (PSB), Edvaldo Magalhães (PCdoB) e todos os suplentes arrolados na denúncia de abuso de poder econômico apresentada pela coligação do então candidato ao governo do Acre, Tião Bocalom.


“Eu quero virar esta pagina, mas eu acho que tem pessoas com a consciência pesada pela maldade que tentaram fazer, mas não guardo rancor. A única coisa que eu queria era Justiça. A pior coisa do mundo é uma pessoa rancorosa querendo fazer acerto de contas, eu não tenho acerto de contas para fazer com ninguém Graças a Deus, consegui alcançar este resultado. Foi difícil estes cinco anos, viver sob suspeição num mandato público não é bom”, diz Jorge Viana.


O senador ressalta que prestas esclarecimentos afastar todas as dúvidas em relação à sua conduta como homem público, que acordo com ele, ficou arranhada após a exposição dos fatos nos veículos de comunicação do Estado. “Não estou culpando a imprensa, ela fez o seu papel ao noticiar as ações judiciais, mas em respeito a quem votou em mim e até a quem não votou, em respeito à imprensa é que estou fazendo esta exposição sobre este processo”, enfatiza.


Segundo Jorge Viana, as provas contra a chapa majoritária da Frente Popular foram produzidas de forma absolutamente ilícitas. Ele afirma que as provas consideradas ilegais pela Justiça “permitem vislumbrar a retidão com que ele e seu irmão governador tratam, e sempre trataram, a coisa pública”. Viana destaca ainda que a pessoa mais prejudicada durante o andamento das investigações foi a advogada Arnete Guimarães, que perdeu a função pública.


“Eleições tem que ser uma coisa entre o eleitor e o candidato. Estou querendo trabalhar na reforma política para tirar o poder econômico das eleições, para que possamos ter o eleitor tranquilo para decidir pelo que melhor ele entende. Eu não cometi abuso de poder econômico, nunca precisei deste artificio, tenho história política e determinação para andar de casa em casa, pedindo votos para continuar trabalhando para este povo que precisa das mudanças”, acrescenta.


Viana desabafa sobre o que ele classifica como judicialização das eleições. “Tem um esquema montado no Brasil hoje de quem perde quer cassar quem ganhou, nós estamos mudando isso, quando tiver uma ação vitoriosa de quem recorreu num resultado de uma eleição tem que ter a anulação do resultado daquela eleição, o segundo não pode assumir, estamos mudando a lei para por fim nesta indústria do inconformismo, do que perde, não aceita o resultado”.


O parlamentar descarta participação de instituições no andamento do processo que pedia sua cassação. “Não acredito que houve colaboração de pessoas que trabalham no judiciário, porque as pessoas que trabalham na instituição têm a obrigação de investigar, de questionar. Eu respeito o MPF, respeito a Justiça, mas eu passei por dois momentos bem difíceis. Uma injusta cassação que fizeram quando eu estava candidato à reeleição, a decisão às 4h, da manhã”.


Ele relembra que ficou 12 dias cassado, “e foi o Supremo Tribunal Federal de Brasília, o eleitoral quem anulou a decisão e registrou minha candidatura. Também ali, um juiz federal foi o único que falou que a decisão era injusta. Então, eu devo muito à Justiça Federal, ao MPF eu devo até minha vida, eu falei outro dia, quando eu tive momentos difíceis. Eu só quero é que haja uma pacificação no Acre e do Brasil e que as eleições se livrem dos esquemas de corrupção, do poderio econômico. Não tenho nenhum tipo de ressentimento, só lamento que muitas pessoas sofreram. A doutora Arnete, que perdeu a função e saiu numa situação mais do que suspeita. O importante é dar uma satisfação a opinião pública”, finaliza Jorge Viana.


 


 


 


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