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Pesquisa sobre trabalho em casas de farinha do Acre é exposta no TO

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Da redação ac24horas

Um levantamento acadêmico aponta que mais de 2 mil casas de farinha podem ser encontradas no estado do Acre. O apontamento foi feito pela professora Luciana Peniche, mestre em saúde pública. A pesquisa, que virou cartilha sobre a saúde do produtor de farinha, foi apresentada no estado do Tocantins.


Com o título “Casas de Farinha: conhecer os riscos à saúde do trabalhador, visando o repensar de uma prática saudável”, a proposta, que contou com o apoio da Faculdade Uninorte e da Secretaria Estadual de Produção Familiar, a SEAPROF, é inédita e proporciona mais informações acerca de uma das áreas que giram a economia do Acre.


Segundo a pesquisadora Luciana Peniche, a pesquisa foi realizada em duas casas de farinha na capital Rio Branco, entre os anos de 2013 e 2014. O intuito era de conhecer o processo , pessoalmente, como funciona a produção de farinha da mandioca.


“Os estudos existentes das casas de farinha eram voltados para estruturas, instrumentos e equipamentos para produção da farinha de mandioca, deixando uma lacuna quanto ao processo de trabalho e a saúde do trabalhador”, afirmou a professora.


Ela lembrou que nenhum outro trabalho do gênero foi apresentado à população até agora. “No decorrer da pesquisa houve algumas surpresas devido à importância da produção familiar/artesanal de farinha no contexto socioeconômico do Acre. Os trabalhadores estão carentes quantos as informações sobre os riscos ambientais, ergonômicos e de acidentes a que estão expostos”, esclarece. A cartilha está em processo de edição e validação”, completou.


INTERCÂMBIO
O Estado do Tocantins é considerado, dentro dos parâmetros táticos na saúde do trabalhador, um referencial de pesquisa e práticas com resultados exitosos na região Norte. Luciana vai trocar ideias no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST/TO).


“Ir até o Tocantins foi uma experiência impar, já que pude conhecer a realidade de outros produtores de farinha de mandioca, além de confirmar que, quanto aos riscos a saúde do trabalhador, os processos de cuidados estão mais avançados. Mas mesmo estando um pouco mais adiantados que o Acre percebi a carência do olhar mais cuidadoso e diferenciado quanto aos cuidados a saúde dos trabalhadores das casas de farinha” Explica a mestre.


Toda a pesquisa vislumbrou a figura dos trabalhadores como protagonistas do processo de trabalho e a construção da cartilha. A ideia é que esse trabalho subsidie outros trabalhos voltados à saúde do trabalhador. “Meu objetivo também é estimular outras pesquisas voltadas ao tema da saúde do trabalhador”, finaliza a pesquisadora.


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