Uma sugestão para que estiver
precisando chamar a atenção:
pendure uma melancia em seu pescoço.
As eleições municipais em nosso país, por força da nossa legislação, ou mais precisamente, do nosso calendário eleitoral, só se darão em outubro de 2016. Ainda sim, aqui no Acre, a campanha pela prefeitura de nossa capital já se encontra a pleno vapor, afinal de contas, o comportamento da deputada estadual Eliane Sinhasique não tem sido outro que seja a de uma candidata em plena garimpagem atrás de votos.
A “Pequena”, como assim se auto-proclama e gosta de ser tratada, decerto, não teve o cuidado de avaliar os gravíssimos riscos que decorreriam do lançamento prematuro da sua candidatura, notadamente, por integrar uma oposição altamente desunida, indisciplinada e incapaz de corrigir os próprios erros que já lhes causara sucessivas derrotas. Outra não é a razão da sua pré-candidatura ter se transformado em alvo do fogo-amigo.
Sempre que instada a fazer a escolha de seus candidatos majoritários, invariavelmente, a nossa oposição tem se dividido consoante os interesses dos partidos que a compõe. Pior ainda: da conveniência individual dos seus respectivos donatários. Até parece que nossa oposição insiste em revogar um dos fundamentos da atividade política, qual seja: a união faz a força.
Como a pré-candidatura Eliane Sinhasique não tem atendido os interesses do conjunto de nossa oposição, sim e tão somente, do PMDB e do seu donatário, deputado federal Flaviano Melo, daí as reações dos demais prefeituráveis oposicionistas. Deles, em relação a “Pequena”, não se consegue extrair uma única menção elogiosa e que a engrandeça. Pelo contrário. Todos alegam que, uma hipotética gestão Eliana Sinhasique à frente da prefeitura de nossa capital é um desastre, que a todo custo, precisa ser evitado. Para eles, não publicamente, mas sem pedir reservas, a “Pequena” não está altura do desafio a que está propondo.
Concluindo: as disputas intestinas no interior de nossa oposição são de tal ordem, e de tamanha burrice, que suas lideranças, com o perdão da palavra, porquanto a função de quem se diz líder, em primeiro lugar, é a de não levar seus liderados ao sacrifício, que eles sequer se deram por conta que, ainda unida, e tendo o cuidado de escolher o mais adequado dos seus candidatos, ainda assim, suas chances de derrotar o prefeito Marcus Alexandre seriam remotíssimas, senão impossíveis.
Decerto uma coisa: em favor de sua pré-candidatura a “Pequena” já fez de tudo para chamar a atenção, até mesmo achar-se no direito de interferir na agenda das viagens do governador Tião Viana.
Neste sentido só está lhes faltando sair às ruas com uma melancia pendurada em seu próprio pescoço. Afinal de conta, quem não gostaria de ver tal presepada, a despeito do ridículo que ela viesse representar?
Narciso Mendes de Assis é engenheiro civil, empresário da construção civil de das comunicações e já ocupou mandatos de deputado estadual e federal. Hoje se dedica as suas empresas de comunicação. Atualmente dirige o jornal O Rio Branco, o mais antigo do Acre.