O convite do governador Sebastião Viana (PT) para apenas dois deputados petistas participarem da entrevista coletiva para o anuncio da suspensão do corte de ponto dos professores grevistas caiu como uma bomba entre os parlamentares de partidos nanicos da FPA, com representação na Aleac.
Se sentindo desprestigiados, os sete deputados reuniram os dirigentes de PSDC, PDT, PTN, PPL, PRB e PRP na manhã desta quinta-feira (20), na Aleac, para anunciar que não aceitam ficar fora do debate da escolha dos candidatos que disputarão as prefeituras em 2016, inclusive no município de Rio Branco.
Os deputados não descartam a possibilidade de lançar um candidato para disputar a prefeitura da capital, caso o PT sinalize com o lançamento de uma chapa puro-sangue na capital. “O debate do processo eleitoral de 2016 tem que ser feito dentro de uma visão de aliança”, diz Eber Machado, do PSDC.
Segundo Machado, a decisão não quer dizer que eles estão fora da FPA, mas é necessário demonstrar que os partidos nanicos também contribuem com as vitórias da coligação. “Nos dedicamos muito para este projeto vitorioso da FPA, é justo que sejamos incluídos nas definições políticas da coligação”, ressalta.
O grupo de descontentes é formado por Eber Machado (PSDC), Josa da Farmácia (PTN), Raimundinho da Saúde (PTN), Dr. Juliana (PRB), Jesus Sérgio (PDT), André Vale (PRB) e Heitor Júnior (PDT). “É preciso mostrar que não somos nanicos. Somos sete deputados que estão falando a mesma língua”, ressalta Raimundinho.
O deputado Jesus Sérgio destaca que os partidos nanicos estão debatendo as diretrizes para discutir a composição da chapa majoritária na capital. “Não aceitamos chapa puro-sangue do PT. Se o partido insistir com esta decisão, nós sairemos com nosso candidato. Pleiteamos apenas das decisões”, enfatiza.
Nos bastidores políticos é tido como certo que a chefe da Casa Civil do governo do Acre, Márcio Regina (PT) será a indicada pelos cardeais da FPA para figurar como a candidata a vice-prefeita na chapa do prefeito Marcus Alexandre Viana (PT). Este é mais um dos motivos da rebeldia dos deputados de partidos nanicos.