Para comprar uma passagem aérea, é provável que você use cartão de crédito. Compras pela internet? Cartão de crédito. Aplicativos para o smartphone? Cartão. Assinatura da Netflix? Pois é.
Consumidores descobriram que ficaria bem difícil viver sem o cartão nos dias de hoje.
Os bancos também, e agora eles decidiram realmente cobrar pelo produto.
Está mais difícil conseguir isenções e descontos de anuidade. O cliente recebe a fatura, liga para negociar e não consegue muita coisa.
VEJA ANUIDADES DE REFERÊNCIA NOS PRINCIPAIS BANCOS
Visa e MasterCard, em R$
Banco | Internacional | Platinum |
Banco do Brasil | 178 | 398 |
Bradesco* | 179 | 420 |
Caixa | 130 | 325 |
HSBC | 162 | 414* |
Itaú** | 134 | 360 |
Santander | 222 | 420 |
A defesa dos bancos é que o consumidor precisa enxergar os benefícios do produto e entender que é preciso pagar por ele. Por isso, o aperto dos bancos não significa que todos os clientes passarão a desembolsar anuidade daqui para a frente, mas é bem provável que o benefício virá com a contrapartida da contratação de novos produtos e do aumento do vínculo com a instituição financeira, diz Cesário Nakamura, diretor da Bradesco Cartões.
“Mas somos bastante rigorosos na questão de desconto. Entendemos que o produto tem que falar por si, que dá mais benefícios em troca da anuidade.”
O consultor Fellipe da Fonseca Cruz, 26, conseguiu em abril se ver livre da taxa que pagava no cartão. Para isso, precisou migrar de segmento na instituição -foi para um voltado para alta renda- e também trocar a poupança que tinha por uma aplicação no banco, um CDB (Certificado de Depósito Bancário).
Já Thomas Freier, 23, analista de um site de finanças pessoais, tentou negociar, mas sem sucesso. Ele tem um cartão atrelado a uma conta universitária aberta para receber bolsa de estudos e não tinha outras fontes de renda.
O limite de crédito é baixo, na faixa dos R$ 400. “Não faz sentido pagar anuidade com esse limite”, disse. Mesmo assim, o banco não aceitou isentar a anuidade de cerca de R$ 100, e Freier busca alternativas na concorrência.
BENEFÍCIOS
A isenção da anuidade nem sempre é a meta do dono do cartão. O empresário José França, 53, diz que em um dos seus cartões não há cobrança da tarifa. Em outro, um cartão com pontos atrelados a uma companhia aérea, todos os anos ele negocia o valor cobrado, de cerca de R$ 400, antes do desconto.
“Todos os anos chega a fatura, eu ligo e recebo desconto.”
Para ele, os benefícios associados a esse produto, como remuneração maior no programa de pontos, embarque preferencial, descontos em estacionamentos de aeroportos e até gratuidade no serviço de embalagem de malas, justificam o valor pago. “Existe a contrapartida.”
E há ainda um universo de clientes que nunca tentou reduzir o valor da anuidade do cartão, afirma Nakamura, do Bradesco. “A maior parte dos clientes não reclama da anuidade. E geralmente quem reclama está desenquadrado, ou seja, acha que paga um valor alto pelo que usa.”
Um deles é o empresário José Paranhos Coelho, 54. Ele paga R$ 600 de anuidade para o cartão dele e mais R$ 300 pelo adicional da mulher. Em contrapartida, afirma não lembrar a última vez em que pagou por uma passagem aérea. “Eu ganho duas milhas para dólar gasto, algo que quase não existe mais.”
OPÇÕES
O mercado oferece algumas opções para quem definitivamente não planeja pagar anuidade.
O Santander, por exemplo, oferece os cartões Free e FIT (esse vinculado à conta universitária), com isenção de tarifa caso o cliente faça uma nova compra por mês no cartão.
“Os bancos em geral não estão fechados a negociar esse tipo de coisa, mas
chegamos a um grau de sofisticação e conhecimento do cliente que costumamos antecipar a necessidade de reduzir ou isentar uma anuidade”, afirma Rodrigo Cury, superintendente de cartões do Santander.
Já a Porto Seguro relaciona o desconto ao gasto mensal. Para o cartão internacional, a fatura mensal precisa ser de R$ 1.500. Se o cliente gastar entre R$ 800 e R$ 1.500, o desconto no valor da anuidade é de 50%.
Cerca de 40% dos usuários do cartão da Porto Seguro têm algum tipo de desconto na anuidade, segundo Marcos Loução, diretor da empresa.
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