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População não tem medo de Hildebrando, mas teme “perseguição” do PT e evita falar sobre o assunto

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Da redação ac24horas

A reportagem de ac24horas foi às ruas para ouvir a população sobre a possibilidade de soltura de Hildebrando Pascoal Nogueira Neto, ex-deputado federal e ex-coronel da Polícia Militar acusado de chefiar o “Esquadrão da Morte”, grupo de extermínio que agia no Estado na década de 90.,


Pascoal, que ficou conhecido nacionalmente como o “Homem da Motossera”, adjetivo imputado a ele por conta da morte do mecânico Agilson Firmino que, de acordo com denuncia do Ministério Público do Acre (MPAC), teve pernas e braços amputados com uma motosserra pelo ex-coronel em represália a morte de seu irmão.


Hildebrando Pascoal era uma homem temido e respeitado, e por conta disso o ac24horas perguntou: Quem ainda tem medo do Hildebrando?


Nossa equipe percorreu o Calçadão da Benjamim Constant e Terminal Urbano e conversou com dezenas de pessoas, mas poucas autorizaram publicação de fotos, nomes e do conteúdo das conversas, não por medo de Pascoal, mas por achar que a manutenção de sua prisão se tornou um fato mais político do que propriamente criminal.


Fato constatado pela reportagem que conversou uma senhora que trabalha em uma barraca de venda de roupas nas imediações do Colégio Acreano. Minutos após dar sua opinião sobre a possível soltura de Hildebrando, a ação do MPAC para suspender a decisão da Juíza Luana Campos, que determinou a soltura do réu, e se o ex-coronel da PM ainda era temido, a comerciante correu ao encontro da reportagem e pediu que não fosse publicada as suas declarações e muito menos o seu nome e sua foto. Indagada o porque da mudança de ideia de forma tão repentina, ela disse que foi alertada por um fiscal da prefeitura que poderia ser prejudicada e até perder sua concessão de camelô.


“Moço, não escreva nada do que te falei não, por favor. Isso pode complicar minha vida e até o meu ganha pão. Um fiscal da prefeitura que me viu falando com você me fez esse alerta, ele disse que posso até perder minha permissão de camelô”, disse a comerciante.


Mais de 10 pessoas falaram a reportagem, mas apenas três autorizaram a divulgação do conteúdo de suas conversas, nomes e fotos.



Como foi o caso dos mototaxistas Antônio Santos e Toni Bregence, que foram categóricos em afirmar que o “Homem da Motosserra” já deveria está solto há muito tempo. Os profissionais disseram ainda que se Hildebrando estivesse solto a criminalidade no Acre não estava tão grande.


“O que estão fazendo com o Hildebrando é uma covardia. Esse homem já deveria está solto há muito tempo e se estivesse solto certamente os bandidos não estavam agindo do jeito que estão. Ele era temido pelo bandidos, homens de bem, pais de família não tinham medo do Hildebrando não”, comentou Bregence.


Declaração semelhante foi dada por Antônio Santos, afirmando que pessoas de bem e trabalhadores eram respeitados como tal, já os bandidos tinham o tratamento que mereciam.


“Naquela época os bandidos respeitavam a polícia, a autoridade dos policiais, muito diferente de hoje. Os pais de família e trabalhadores, a população de bem nunca teve medo do Hildebrando, que tinha medo dele era os vagabundos, pois naquela época os bandidos eram tratados como bandidos”, disse Santos.


Mas houve quem concordasse com a medida do Ministério Público em pedir que o ex-militar permaneça preso, como é o caso da estudante do ensino médio, Nicole Souza Meireles de Assis. Para Nicole, as leis brasileiras favorecem a impunidade, com isso surgem crimes em todas as esferas da sociedade, como corrupção, desvio de verbas públicas, entre outros.



“As leis brasileiras favorecem a impunidade e comprovamos isso quase todos os dias, como nos vários casos de corrupção onde os acusados e os culpados raramente vão presos. No caso dele (Hildebrando), acho que seria mais uma demonstração de impunidade”, opinou a estudante.


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