Romário bateu na Veja depois que a revista publicou matéria sobre suposta conta milionária do Baixinho no exterior. O senador desancou a publicação, foi à Suíça provar que se tratava de uma armação contra ele e prometeu processá-la – tudo isso em poucos dias.
A CPI da CBF, já instalada e que começa a funcionar no início de agosto, criada e presidida pelo ex-jogador, quer entender os contratos de patrocínio e direitos de transmissão pela tv firmados pela entidade, um dos objetos de investigação do FBI e que levou à prisão vários dirigentes – inclusive o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Os acordos com a televisão sob suspeita foram assinados entre a CBF e a TV Globo. Na CPI Romário peitará a emissora?
No caso da Veja, a questão é particular e fere diretamente a imagem de Romário. O esforço para mostrar inocência foi intenso desde o dia em que a publicação chegou às bancas.
Já o envolvimento da TV Globo, uma concessão pública, em supostos contratos fechados a base de propina, o assunto é de interesse público.
A abordagem da CPI na questão dos acordos de televisão é crucial para o desempenho da comissão. É que na parte relacionada aos contratos com empresas patrocinadoras, o órgão norte-americano FBI tem condições de agir de forma mais eficiente. A principal envolvida, a Nike, tem a matriz nos Estados Unidos.
Por outro lado, a CPI da CBF é composta por uma fauna patética típica do Congresso Nacional. O relator é o nada confiável senador Romero Jucá.
Outro membro da comissão é o ex-presidente do Cruzeiro Zezé Perrella, conhecido pela atuação oportunista no Congresso quando o assunto é futebol.
Fernando Collor também é integrante da CPI e detém uma afiliada da TV Globo em Alagoas. Compõe ainda a comissão o suspeito Ciro Nogueira.
A CBF e a TV Globo, pelo que apontam as investigações da FBI, assinaram acordos ilegais, ainda que feitos por intermédio de terceiros – como J. Havilla, o “X9” do FBI e que, “curiosamente”, detém afiliadas da TV Globo.
Tudo leva a crer que as cláusulas desses contratos devem atender pouco o interesse público e muito o bolso dos envolvidos – e é por isso que o órgão norte-americano está investigando o caso.
Assim, espera-se que o resultado da CPI do Senado seja capaz de aprimorar os contratos de direitos de transmissão, que atingem diretamente torcedores e clubes. Há propostas diversas, que podem ser inseridas nos acordos em forma de contrapartida.
Uma delas passa pela presença maior de clubes nos jogos transmitidos pela televisão aberta (e não somente de meia dúzia), além de melhor cobertura da tv de divisões inferiores, de base e do futebol feminino.
Há ainda o desejo de maior flexibilidade com patrocinadores de times de futebol nas transmissões pela televisão, por que todo mundo precisa ganhar – e não fazer como hoje, em que a tv evita mostrar os importantes apoiadores dos clubes, para não conflitar com os seus interesses comerciais.
A necessidade de mudar o horário de 10 horas da noite, no meio de semana, para realização de partidas de futebol, é premente. Definida para atender exclusivamente a televisão, a medida é um desestímulo para levar torcedores ao estádio, em meio às dificuldades de transporte e segurança vividas por eles todos os dias.
Romário, portanto, tem um grande desafio na CPI da CBF, se quer mesmo provar a sua integridade, como postou da Suíça na rede social, zombando da Veja: “Eu não finjo ser decente, não faço de conta ser sério e pareço ser correto. Eu sou!”
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