Depois de duas semanas de disputa, chegou ao fim mais uma edição dos Jogos Pan-Americanos. A classificação geral apontou o Brasil em terceiro lugar, ganhando 41 medalhas de ouro, 40 de prata e 60 de bronze. O segundo lugar, o Canadá, ganhou 78 medalhas de ouro. E os Estados Unidos levaram para casa 103 medalhas douradas.
A diferença de medalhas de ouro entre o Brasil e os dois países que terminaram os jogos na sua frente, como se pode constatar, é enorme. Um verdadeiro abismo, em termos de desempenho, entre um e outros. Um abismo tão profundo que não seria exagero dizer que o Brasil está bem longe de se transformar numa potência olímpica.
Num passado recente, quando a “pátria educadora” (esse era um dos motes da candidata) foi escolhida para sediar os Jogos Olímpicos do próximo ano, era de se esperar que houvesse uma significativa evolução técnica dos atletas brasileiros. Era de se esperar algum tipo de atitude dos diversos dirigentes, bem como dos políticos “brazucas”, que pudesse fazer os índices atléticos subirem. Mas isso não aconteceu.
Do que se depreende desse número de medalhas conquistadas no Pan que recém findou, o Brasil continua vivendo do talento esporádico de alguns atletas e abnegados. Um pouco de paixão, um pouco de determinação e um tanto enorme de necessidade de sobrevivência são, provavelmente, os ingredientes que movem esses “vencedores”. Para alguns, vencer é a sua única chance de melhorar a própria vida.
Alguns esportes, aliás, parece até que involuíram. Em vez de subir mais vezes naquele pedestal onde os vencedores recebem as medalhas e os louros, o que vários atletas desses esportes, de quem se esperava muito mais, fizeram foi exibir as caras tristonhas ante as câmeras de televisão, procurando em palavras vazias uma explicação plausível para o seu fracasso. Explicar o fracasso é quase impossível!
O futebol é um exemplo dessa involução. Tanto pela medalha de ouro que não veio, numa competição em que não havia adversários assim tão tradicionais (exceção, talvez, para o Uruguai, que nem está jogando isso tudo), quanto pela bola esdrúxula (eu ia dizer “escrota”, mas me contive) dos nossos sub-22. Vendo as exibições do time brasileiro, me sobrevém a preocupação de que o buraco é bem mais embaixo.
Para ganhar do Panamá (de quem mesmo?), na disputa pela medalha de bronze do Pan, o Brasil precisou suar sangue. Meteu três a um, é verdade, mas dois desses três gols só saíram na prorrogação. Antes disso, os panamenhos não só dominaram (!?) boa parte do jogo quanto mandaram duas bolas na trave. Um verdadeiro sufoco!
Por tudo isso, e levando em conta que daqui para o ano que vem vai ser difícil mudar alguma coisa, eu imagino que dessas 41 medalhas de ouro que o Brasil ganhou no Pan dificilmente se repetirão sequer a metade nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. E quanto à pátria educadora, isso a gente pode discutir na próxima campanha política!
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