A juíza da Vara de Execuções Penais, Dr. Luana Campos, não vai se pronunciar sobre o caso Hildebrando Pascoal até que tome uma decisão sobre sua progressão de regime, processo que se encontra concluso para despacho em sua mesa. “Mas não há nenhuma previsão para esta decisão”, disse sua assessoria na manhã de hoje (31) para o ac24horas.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça afirmou que, embora em tese e de acordo com a lei o prazo final para a progressão de regime para o semiaberto seja nesta sexta-feira, “para a Justiça o caso de Hildebrando Pascoal não se diferencia dos demais presos”.
Embora descarte “pressão sobre o caso”, o assunto é o que mais se comenta nos corredores da Vara de Execuções Penais. O Ministério Público Estadual já se manifestou contrário a progressão de regime, pesa sobre a decisão que a Juíza tomará, a realização ou não de exames psicológicos, psiquiátricos e de assistência social solicitado pelo MPE.
Condenado há mais de 100 anos de prisão, Hildebrando já cumpriu um terço da pena por crimes hediondos e um terço da pena para crimes de menor gravidade. Considerado preso político, ele foi condenado por liderar um grupo de extermínio no Acre e integrar esquema de crime organizado para tráfico de drogas e roubo de cargas – quadrilha que atuava também no Maranhão.
O ex-coronel da Policia Militar ficou internacionalmente conhecido depois que praticou crimes com requintes de extrema crueldade, como o assassinato do mecânico conhecido como “Baiano”, o “crime do motosserra”.