No Brasil, o bom e o mau professor são
igualmente remunerados, seja ele
um bom ou um mal servidor.
A qualidade da educação pública do nosso país, para nossa extrema vergonha, se mantém, há décadas, na condição de uma das piores do mundo. E a provar que sim, sempre que comparada com a dos 34 países da OCDE-Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em todas as avaliações, no quesito qualidade, a nossa educação, sempre aparece no último lugar.
Se a constatação acima é inquestionavelmente procedente, ou nossa educação pública era tratada com responsabilidade ou nosso país não sairá de tão incômoda e vergonhosa situação, afinal de contas, em plena era do conhecimento e da inovação, o país que não cuidar, e bem, da educação do seu povo, estará condenado ao atraso, até porque, num mundo cada vez mais globalizado e igualmente competitivo, na corrida em busca do nosso desenvolvimento continuaremos comendo a poeira deixada pelos demais países.
Daí a pergunta que não pode calar: por que a educação pública do nosso país continua de mal a pior? Enquanto se discute o que deva ser feito no sentido de melhorá-la, uma coisa já se tem como certa: determinados entraves que só tem feito piorá-la precisam ser urgentemente eliminados.
A não implantação da meritocracia como referência para remunerar os servidores que prestam seus serviços nas nossas estruturas educacionais, particularmente, os professores, precisa ser implantada, afinal de contas, enquanto os nossos professores, continuarem recebendo os mesmos salários, independente de seus desempenhos, nossa educação pública jamais melhorará.
Lamentavelmente, quando se fala em meritocracia, os sindicatos dos professores sequer admitem discutir tal assunto, certamente porque, os maus professores, são os primeiros a engrossar as fileiras das suas recorrentes greves.
Quanto à escassez de recursos, espertamente, nossos sindicalistas ocultam, embora saibam, que entre os 34 países da OCDE, coincidentemente, os que apresentam os melhores resultados nos seus sistemas educacionais, em relação ao seu PIB, o Brasil vem ser, exatamente, o país que mais gasta com sua estrutura educacional.
Portanto, não é verdade que o Brasil investe pouco com a educação pública, sim e certamente, que seus recursos fora, e continuam sendo gastos, afinal de contas, as estruturas educacionais do nosso país, nos seus três níveis – federal, estadual e municipal – transformaram-se em verdadeiros cabides de empregos. Infelizmente, questões como esta, não constam nas pautas dos movimentos grevistas patrocinados pelos nossos sindicalistas.
Narciso Mendes de Assis é engenheiro civil, empresário da construção civil de das comunicações e já ocupou mandatos de deputado estadual e federal. Hoje se dedica as suas empresas de comunicação. Atualmente dirige o jorral O Rio Branco, o mais antigo do Acre.
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