Policiais ficaram sem receber banco de horas; comando alega erro em planilhas

O governador Sebastião Viana enfrenta outro desgaste dentro da Policia Militar do Acre. Policiais Militares, a maioria do 3º Batalhão, ficaram sem receber o Banco de Horas (BH) – Período que o militar destina parte da folga em forma de trabalho para o Estado. A reportagem teve acesso a uma nota emitida pelo sub-comandante da corporação, coronel Gaia, que alega erro administrativo. A Associação dos Militares do Acre faz levantamentos e afirma que se for o caso vai até as barras da justiça para garantir o pagamento.

O desconforto foi gerado a partir de uma informação que se confirmada é ainda mais grave, pois garante a suspensão do pagamento do BH por parte do governo que enfrenta dificuldades para cumprir com a folha de décimo terceiro dos servidores públicos.

Procurado, o sub-comandante, Cel. Gaia, descartou essa possibilidade e foi taxativo: “tem dinheiro sobrando no caixa para o pagamento do BH”. Ainda segundo Gaia, o militar trabalha contando com essa remuneração que é compromisso do comando e do governo do estado.

“O que não pode ocorrer é um erro administrativo dessa envergadura por parte das bases” acrescentou Gaia.

Na mensagem enviada via whatsapp para comandantes e chefes de unidades, Gaia pede que os prazos e remessas dessas informações sejam rigorosamente obedecidos. A mesma mensagem garante o pagamento no mês de agosto.
Policiais que recebem o Banco do Horas trabalham no Policiamento Ostensivo, Operação Saturação e Operação Álcool Zero. A Associação dos Militares do Acre (AME) esteve reunida com o comando na tarde de hoje. Segundo o presidente, Joelson Dias, um levantamento de quem deixou de receber o BH está sendo feito pela instituição.

“O comando alega que ocorreu um erro. Estamos levantando dados e vamos aguardar pelo pagamento. Caso não ocorra estamos dispostos a cobrar esse recurso na Justiça, mas vamos garantir o que é de direito do militar” disse Joelson.

Prêmio de Valorização – O Comando deve gastar alguma gordura para acabar com a desconfiança na caserna. É que por conta do erro administrativo, os militares não sabem agora se vão receber outro benefício, o Prêmio de Valorização da Atividade Militar (VAM). Nesse quesito, tanto AME como Comando são unânimes em afirmar que “as metas foram cumpridas e com sobras”.