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No Dia do Policial Civil, Categoria comemora conquistas, mas cobra valorização e respeito

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Um Projeto de Lei, de autoria da deputada estadual Dra. Juliana (PRB), aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa (Aleac), instituiu o “Dia do Policial Civil no Acre”. A data estabelecida foi o dia 19 de julho de cada ano. A intenção é homenagear os policiais e chamar atenção para os principais problemas e desafios dessa categoria que é fundamental para a segurança da população.


Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre (Sinpol/AC), Itamir Neves, muitas foram as conquistas da categoria, porém, ainda são muitos os desafios. Ele revela, entre outras coisas, que o salário pago aos policiais acreanos é o pior da região Norte.

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Itamir Neves cita ainda a quantidade de policiais para atender a demanda que, segundo ele, é inferior a que existia há 15 anos atrás, além de atribuições como a guarda de presos em delegacias, que não faz parte das obrigações do Policial Civil.


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“Nós temos grandes problemas. A quantidade de policiais reduzida tem causado uma pressão muito grande dentro das unidades policiais, que acabam sofrendo por não conseguirem dar conta da demanda. Para agravar ainda mais, nós estamos assumindo uma atribuição que não é nossa, que é a guarda de presos em delegacias”, diz Neves.


Sobre os desafios que a categoria enfrenta, o presidente falou da valorização do profissional policial civil. “Temos hoje o pior salário da região norte, e o penúltimo pior do país. Somos a polícia civil mais eficiente em resolução de crime de homicídio, que é o principal indicador da sensação de segurança, e somos reconhecidos como a polícia mais honesta do país e isso nos traz orgulho, mas evidencia uma valorização que hoje não temos”, afirma.


O presidente do Sinpol diz ainda que a categoria teve muitas conquistas nos últimos anos, mas afirma que ainda falta muita coisa. “Conseguimos o reconhecimento dos nossos policiais mais antigos, através do reenquadramento. Além de grandes avanços, como a aposentadoria especial, garantir que os concursos sejam para nível superior daqui em diante. Tivemos também, as promoções que eram atrasadas, e há mais de 20 meses já temos categorias que estão na sua segunda promoção. Enfim, são várias conquistas e com certeza demos passos importantes, mas ainda temos muito para caminhar”, ressalta.


Com relação à data em que se comemora o dia do policial civil, o presidente diz que é uma forma de valorizar e reconhecer uma categoria que tanto contribui com a segurança pública da sociedade acreana. Segundo Neves, não é só assim que se valoriza um profissional, mas é um passo importante. Ele ressalta que um dia em que é possível discutir a situação atual da categoria, os avanços e o que precisa melhorar.


“Não temos muito o que comemorar no que se refere ao retorno daquilo que nós fazemos. Mas, em relação ao retorno social, a importância do trabalho que desenvolvemos, o fato de estarmos atuando de forma mais profissional, mais especializada, mais técnica, com certeza influencia no trabalho com a sociedade. O policial civil precisa se dar conta da sua importância, pelo papel que exerce para a sociedade e o caminho é esse”, finaliza Neves.


O agente de polícia civil, Leando Costa, fala que o grande desafio que a categoria enfrenta no estado do Acre é a falta de material humano. Segundo ele, o quadro de servidores está defasado e falta estrutura nas delegacias. Costa fala ainda em relação à guarda de presos nas delegacias. De acordo com ele, isso vem causando um grande transtorno para os policiais, já que as delegacias não têm estrutura para suportar a quantidade de presos.


“Além de tudo isso, vem o mais importante, que é a defasagem salarial, tendo em vista que o salário do policial civil do estado do Acre é um dos piores salários das polícias do Brasil. Nesta data, temos que comemorar a unidade da instituição, os colegas que não medem esforços para dar uma resposta à sociedade. Mas, em relação ao descaso do governo, nós só temos a lamentar”, afirma o agente.


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