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Aprovação da PL dos delegados deixa oficiais da PM revoltados; Secretário adjunto de Segurança Pública entrega o cargo

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Da redação ac24horas

Quando o governador Sebastião Viana (PT) enviou à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para a aprovação em caráter de urgência, o Projeto de Lei (PL) sobre o reajuste salarial em R$ 3,5 mil para os delegados da Polícia Civil do Acre, ele nunca imaginava o tamanho do problema que estava arrumando.


A medida revoltou não só os professores, que há quase 30 dias buscam negociar as reposições salarias com o Executivo, e na noite de quarta-feira (15) realizaram uma vigília em frente a Casa Rosada, mas também os policiais civis que reformularam a pauta de reivindicação e agora querem pouco mais de R$ 2 mil de aumento real.


E, talvez o golpe mais duro veio da PM. A aprovação do PL deixou revoltado os oficiais e o alto comando da Polícia Militar do Estado, que vai exigir do governo do Acre o mesmo tratamento dispensado aos delegados da Polícia Civil. A decisão foi tomada durante uma formatura geral ocorrida na manhã desta quinta-feira (16), quando os oficiais e o alto coronelato afirmaram diante de toda a tropa que as negociações agora seriam assumidas por eles.


O secretário Adjunto de Segurança Pública, coronel Ricardo Brandão também encampou a decisão tomada pelos companheiros de farda e entregou o cargo.


“Os oficiais sempre estiveram do lado do governo quando os praças reivindicavam e buscavam a valorização da tropa por parte do governo, hoje estão sentindo na própria pele o que sempre passamos. Um militar atualmente para chegar ao coronelato fechado, o chamado Coronel Full tem que ter mais de 20 anos de serviço e ao longo de sua vida militar participar de cursos de formação que somados dão mais de 5 anos de academia, e no final da carreira recebe um salário de R$ 13 mil, enquanto um delegado, que participa de três ou quatro meses de curso de formação em academia já inicia a carreira com um salário de R$ 15 mil e no final se aposenta com o vencimento de R$ 22 mil. A tropa está se sentidos desprestigiada e exige que haja uma reestruturação em todos os sentidos dentro da polícia militar, bem como que tenhamos o mesmo tratamento dado a Polícia Civil”, disse a diretoria da Associação dos Militares do Acre (Ame/AC), que confirmou as informações.


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