Numa bajola no repiquete
A situação política do prefeito Vagner Sales (PMDB) na sua sucessão, equivale a estar numa Bajola (canoa típica da região) sem motor, no meio do rio Juruá, num repiquete brabo. Está sem alternativa. Não preparou um nome do seu grupo para disputar a prefeitura de Cruzeiro do Sul. Só tem opções furrecas de votos. A legislação impede o único nome de peso e densidade eleitoral de ser esta candidata: a ex-deputada Antonia Sales, sua esposa. O Vagner não tem nem como rugir alto. Acabará por ter de apoiar um dos dois nomes mais viáveis da oposição, que não integram seu feudo político, os ex-deputados federais Henrique Afonso (PSDB) e Iderley Cordeiro (PR). A não ser que queira iniciar a campanha do próximo ano com o carimbo da derrota na testa. O Vagner é um bom prefeito sem um bom candidato.
Morre Edgar fontes, um político polêmico
Faleceu ontem o ex-deputado e ex-vereador de Rio Branco, Edgar Fontes, que era uma das vozes mais ativas da ARENA e depois do PDS. Ligado ao grupo do ex-senador Jorge Kalume, Edgard travou batalhas duras com a oposição no Parlamento. O pesar da coluna à família.
Debate interessante
Por iniciativa do senador Jorge Viana aconteceu ontem na OAB-AC um debate interessante, envolvendo a Reforma Política e o lado jurídico das ações espetaculosas que correm na justiça.
Seria expulso
O prefeito Otávio Varêda está só se antecipando à sua expulsão do PCdoB. Já tinha sido notificado que estava seria convidado a deixar o partido, por infidelidade partidária na última campanha.
Ganhou no voto
A Dilma está entrando para a história como a presidente mais rejeitada pela população, apenas 9% de aceitação nas pesquisas. Mas, mesmo assim, ganhou no voto e falar em impeachment sem um fundamento jurídico é golpe. Assim funciona a democracia.
Reflexo violento
O reflexo desta queda da Dilma, que arrasta o PT, tem reflexo nos municípios, ao ponto de candidatos da FPA – aliança que tem os petistas – querer descolar o vermelho das campanhas.
Um exemplo da rejeição
O caso do vereador Ney do Miltão (PSD) foi convidado a ser candidato a prefeito de Senador Guiomard pelo PT e não aceitou. É um exemplo. E usa um argumento simples: “se for candidato pelo PT, não ganho a eleição”. Deverá disputar pelo PRB.
Nota, gráfica e distribuição
A deputada federal Jéssica Sales (PMDB) está sendo questionada por ter se ressarcido em 120 mil reais na Câmara Federal, por alegados gastos com um jornal de campanha. Enquanto não mostrar a nota fiscal da gráfica e onde se deu a distribuição ficará sempre uma dúvida.
Cansou de sustentar
O senador Sérgio Petecão (PSD) está brigando para ter uma solução no caso do ex-senador boliviano fugitivo, Roger Molina, porque deve estar cansado de tê-lo hospedado no seu apartamento, em Brasília. O Petecão nunca foi preocupado com questões internacionais.
Realidade os números
Com o orçamento do governo aberto para uma análise fria dos números a direção do SINTEAC verá que não há margem para manobras financeiras. Qual o governo que podendo não dá aumento? Vai ficar se desgastando com uma greve? É uma situação óbvia.
Uma piada sem graça
Falou-se em redução do teto de gasto com a campanha política. E pelo que foi aprovado um candidato a deputado federal poderá registrar um gasto de até 4,9 milhões de reais. Nivelaram por cima e favoreceram os candidatos com esquemas. Ou seja, não mudou foi nada.
Pelo menos isso
Uma medida favorável ao eleitor foi a aprovação da redução do tempo de campanha no rádio e televisão de 90 para 60 dias e proibição do uso de recursos audiovisuais e gravações externas. Diminuirá a saturação do telespectador.
Não vai solucionar
Por mais bem intencionado que seja o deputado Jenilson Lopes (PCdoB) não vai acrescentar nada ao seu currículo se especializando em realizar sessões solenes, por mais importante que seja o tema. É que não resolve nada do problema em discussão.
Conversa final
A vice-prefeita de Senador Guiomard, a Branca, deverá ter esta semana uma conversa com o presidente do PSDB, deputado federal Werles Rocha, quando definirá se vai se filiar ou não ao partido. A sua vinda será facilitada se o prefeito James Gomes (PSDB) for mesmo para o PP
Não perderá nada
O prefeito de Santa Rosa, Rivelino Mota, não perderá nada saindo do PSDB para se filiar ao PV, porque se elegeu sem o apoio financeiro do PSDB. O ninho tucano foi apenas um detalhe.
Não é o nome
Um político amigo de Senador Guiomard me manda um e-mail, com a seguinte observação: “o André Maia não é um nome ruim politicamente, o problema é o desgaste do PT no município”.
Sinuca de bico
Foi um péssimo negócio para o prefeito de Acrelândia, Jonas da Farmácia, se filiar ao PT, porque pelo desgaste da sua administração e os seus problemas jurídicos, é improvável que seja o candidato do PT a prefeito do município.
Máxima verdadeira
Quando o senador Jorge Viana (PT) diz que o empresário que financia a campanha de um político se sente seu é verdade. Isso sempre funcionou desta maneira, quem investe quer retorno.
Bom exemplo
Mesmo com todos os problemas da alagação, com a crise econômica que ronda as prefeituras do interior, ainda assim o prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (PT), dá um exemplo aos seus colegas, ao antecipar o pagamento da primeira parcela do 13º salário.
É quando se conhece
Administrar com a gaveta cheia de dinheiro todo mundo administra. O bom gestor se conhece é nas dificuldades, como está mostrando o prefeito Rodrigo Damasceno (PT).
O tempo passa na política
Na política, o tempo passa. Chega um momento que o político com vários mandatos entra em declínio popular, não tem mais a liga com o eleitor. E vira um perdedor contumaz. Por isso, alguns nomes de políticos antigos ventilados para vereador deveriam avaliar o ridículo.
Brigar, como?
Empresário de ligações com Sena Madureira fazia ontem a seguinte observação sobre o ex-preito Nilson Areal: “não tem como não apoiar o nome a prefeito a ser indicado pelo PT, ele e a sua mulher estão em cargos de confiança no Estado”. É um comentário muito pertinente.
Deve ser por isso
Alguns sindicalistas da greve tremem de raiva quando se fala no Nepomuceno Carioca como negociador. O problema é que o Carioca só se convence pela força dos argumentos e não pela bazófia.
Antídoto infalível
O ex-deputado Hermelindo Brasileiro (PDS) tinha um antídoto infalível para afastar os cabos eleitorais picaretas, que chegavam para oferecer seus préstimos, alardeando terem curral-eleitoral com votos para eleger qualquer candidato. Aos que vinham propondo apoio à sua candidatura em troca de dinheiro, o Brasileiro sugeria de forma irônica: “com todos estes votos que você diz ter, fosse você, meu filho, sairia candidato a deputado estadual porque seria uma eleição certa”. O cidadão ficava desconfiado e saia de fininho, sem conseguir arrancar um tostão. Hermelindo Brasileiro gostava de contar às gargalhadas a história.