Nem na oposição, a greve encontra guarida
Nem o líder do governo, deputado Daniel Zen (PT), nem o líder do PT, deputado Lourival Marques (PT), fizeram um contraponto mais ardoroso a favor do governo nesta greve dos professores, que o deputado da oposição, Jairo Carvalho (PSD), que começou seu discurso ontem na Aleac, enaltecendo o trabalho do governador Jorge Viana em dar condições aos professores de fazer curso superior, estendeu o elogio ao governador Binho Marques, e colocou o governador Tião Viana nas nuvens, por destinar 100% dos recursos que vierem do Pé-Sal para a Educação. E fechou com o mesmo discurso da Casa Rosada: a greve dos professores é justa, mas o momento econômico não permite dar aumento. E pregou o diálogo. A cada elogio, o líder do governo, deputado Daniel Zen (PT), assistia estupefato com temor de perder o cargo de porta-voz das boas novas do governo para o deputado Jairo Carvalho (PSD).
Dois pólos distintos
Para o líder do governo, deputado Daniel Zen (PT), a direção do SINTEAC manipula dados e “mente” sobre os números do governo. A deputada Eliane Sinhazique (PMDB) foi o outro lado da moeda: “entre os números do governo e dos professores, fico com os dos professores”.
No front da oposição
A ameaça do presidente do PSDB, deputado federal Werles Rocha, de que caso o senador Gladson Cameli (PP) filie a primeira suplente do Senado, Marilza Gomes (PSDB) no PP, o PSDB não o apoiará para o governo em 2018, mostra que a oposição é um grande front de guerra.
Todo mundo manda, ninguém obedece
É Márcio Bittar (PSDB) que briga com o Gladson Cameli, é o Vagner Sales (PMDB) que atacou o Márcio Bittar (PSDB), o deputado federal Werles Rocha (PSDB) que peita o Gladson e o Vagner, e etc e etc. Assim é a oposição acreana, onde todos mandam e ninguém obedece.
São duas histórias
Que o momento econômico não permite dar um reajuste salarial aos professores, sob o risco de se der o governo não ter como cumprir, é verdade. Mas, nem por isso pode-se atacar a direção do SINTEAC pela greve, direito constitucional e bandeira do PT quando foi oposição.
Nem uma, nem duas vezes
Quantas vezes o SINTEAC em greve não levou panelas e fogão, acampou e cozinhou nos corredores da Prefeitura, quando o Mauri Sérgio era prefeito da Capital? Greve é do jogo.
Jamais fechar as pontes
Ocupe a Secretaria de Educação como foi anunciado, vão protestar na Assembléia Legislativa, mas, no momento em que fecham pontes e ruas prejudicam milhares de pessoas e não é justo.
Reservo-me ao direito
Acho legítimo, os partidos nanicos buscarem independência política e deixarem de ser apenas escada na FPA. Mas, reservo-me ao direito de ver para crer se o movimento é para valer.
Respaldado em exemplo
O meu ceticismo diz respeito a já ter visto inúmeras vezes este rompante e voltarem atrás.
Cedo no confessionário
Por exemplo, quem estava ontem cedo esperando vez no confessionário do Tião Viana era o presidente do PRP, José Afonso. Por certo, não era para dizer ao Tião, que também torce pelo Fluminense.
Com um pé atrás
Por isso fico sempre com um pé atrás quando falam em peitar o PT na eleição municipal.
Vice vai dar disputa
Entre os grupos políticos que disputam indicar o vice do Marcus Alexandre, o mais fragilizado em argumento é o PCdoB: saiu mal das urnas e tem centenas de cargos no Governo e PMRB.
Para se ter uma idéia
O PCdoB teve menos votos na eleição passada que os nanicos PSDC, PRP, PTN e PDT. Um partido, na prática, não se mede pela sua história, mas pelos votos da atualidade. O PCdoB tem um deputado estadual. Os nanicos juntos têm seis deputados estaduais.
Na política vale o mandato
O argumento do PCdoB de que tem história na FPA é retórica. Na política vale o mandato. O PTB teve no Acre governador, deputados federal e estadual, e hoje não tem um vereador.
Nada mais justo
Nada mais justo que os nanicos tenham dito na reunião com o prefeito Marcus Alexandre que vão apresentar um nome como opção nas discussões para ser seu vice. O problema reside em já terem tantas vezes dado marcha-ré em suas decisões e ficaram desacreditados. Depois ficam com raiva da imprensa quando se publica este jogo de puxa e encolhe.
Feliz começo
Feliz começo no jornalismo ao foca do OPINIÃO, Wellison Silva, ninguém nasce feito.
Quero ver para crer
Meus bem mais de 30 anos de jornalismo político me ensinaram a não agir pela emoção. Vejo o senador Jorge Viana (PT) empenhado até o pescoço para montar como Relator, uma Reforma Política decente, no Senado, mas, não creio que consiga, o corporativismo é forte. Isso foi comprovado na Câmara Federal, onde os deputados mantiveram os privilégios.
Meta o pé na estrada
A vereadora Fernanda Hassem (PT) não pense que os apoios do Jorge Viana e do Tião Viana são suficientes para lhe eleger prefeita de Brasiléia, se não meter o pé na estrada perde.
Candidato perigoso
E entre os candidatos da oposição a prefeito de Brasiléia, os números mostram que um é potencialmente perigoso, principalmente, se for candidato único: vereador Joelso Pontes (PP).
Muito difícil de ser batido
Ouvi ontem de um político do PT, com reduto no Alto Acre, que não será fácil derrotar o prefeito de Epitaciolândia, André Hassem (PSDB), porque tem movimentado a cidade com obras e a cada tijolo colocado faz política. E o PT não tem um bom candidato no município.
Caso da Leila Galvão
Falando em fazer política, a deputada Leila Galvão (PT) não é das piores parlamentares, é mediana, esforçada, mas se dedica a fazer política fora da Aleac e está mais fortalecida.
Está resolvido
Diz o ditado que, o que não dá para resolver está resolvido. Não passa pela cabeça de ninguém que o governador Tião Viana não está dando aumento para os professores porque não quer dar. Esta sendo responsável: se der não paga nem o décimo- terceiro salário do funcionalismo. E as outras categorias também iam querer aumento. Na gestão pública tem que se ter responsabilidade. Principalmente, quando se atravessa uma grave crise econômica nacional.
Outra do Ilson Maninha
Sempre ao final do mês, o radialista Ilson Maninha ia ao gabinete do secretário de Comunicação do Governo Joaquim Macedo, para lhe dar uma facada financeira. Ora um temporal tinha derrubado parte da casa, outra era a cozinha desabada e sempre as mesmas desculpas. Foi o suficiente para o Eduardo Mansour perder as estribeiras: “Maninha, pelas minhas contas eu já reconstruí a sua casa três vezes. Não me importei em ser seu construtor. Mas não quero me transformar em gerente do BANACRE para lhe liberar empréstimo, fora da minha sala”. E nunca mais o Maninha conseguiu arrancar um centavo do Eduardo Mansour.