Comerciantes acreanos têm opiniões divididas quanto às vendas no segundo semestre de 2015, segundo pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio/AC), por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais (Ifepac). Aproximadamente 300 empresários do setor foram entrevistados, entre os últimos dias 15 e 26 de junho, e a pesquisa abrange 18 bairros de Rio Branco.
Mesmo com as expectativas de aumento da inflação, elevação de impostos, juros, combustíveis, energia elétrica, transportes e outros encargos governamentais, 55% dos empresários se mostram otimistas com relação à segunda metade do ano, com a perspectiva de melhora da economia por conta de esforços demonstrados por órgãos responsáveis. 43% dos entrevistados, porém, se dizem pessimistas com relação a um melhor desempenho; o restante não quis opinar sobre o assunto.
A pesquisa aponta ainda um levantamento acerca do primeiro semestre. Mesmo considerado um período difícil para o mercado de consumo, principalmente por conta dos índices inflacionários, 54% dos empresários estudados confirmam ter alcançado desempenho operacional positivo, mas em nível inferior ao da mesma temporada no ano anterior. Além disso, 40% dos comerciantes confirmam piora nas vendas no primeiro semestre de 2015, quando comparado com o mesmo período de 2014; 20% consideram o primeiro semestre de 2015 melhor que o de 2014 e 28% entendem o comportamento deste ano como equivalente ao do ano passado.
Para 64% dos comerciantes, as medidas do governo influenciaram nas vendas do mercado de varejo e, dentre estes, 23% acreditam que houve fuga de clientes por conta da economia brasileira.
Estratégias de vendas
Segundo 41% do empresariado, a estratégia que deve ser adotada para um aumento das vendas é relacionada à divulgação da empresa, de modo que 30% destacam a internet como principal instrumento para o markentig; 17% dizem que irão utilizar a panfletagem; 16%, a TV e 15%, o rádio. Além disso, 17% acreditam na necessidade de mais investimentos em promoções competitivas.
Ainda de acordo com a pesquisa, 27% dos comerciantes consideram a concorrência desleal como a maior ameaça para os níveis de vendas estimados para o segundo semestre. Outro problema seria o comprometimento financeiro do consumidor, que representa a opinião de 21%.
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