Comerciantes estão revoltados com interdição da “pinguela do Jorge”, no centro de Rio Branco

Bom dia! Boa tarde! Boa noite!

O governo do Acre não está sendo parceiro com o povo empreendedor do Novo Mercador Velho. Fui almoçar numa das pensões do local e a chiadeira dos comerciantes é geral. Eles reclamam da interdição da passarela Joaquim Macedo, fechada para reparos no piso desde o início do ano. Os empreendedores dizem que sentiram a queda do movimento, já que o acesso era bastante utilizado por moradores do Segundo Distrito e pessoas que frequentavam o local para fazer fotografias “na pinguela do Jorge”, como definiu um dos revoltados empresários que classifica a situação como “descaso”.

Um permissionário de box informou que, no mês de abril, representantes da Secretaria de Obras Públicas (SEOP) informaram que a madeira do piso estava secando em estufas para poder ser instalado. O processo de secagem deveria durar aproximadamente 20 dias. “Acho que a madeira secou tanto virou pó. Não é possível que depois de dois meses, este piso ainda esteja dentro de uma estufa. Quando ele ficar pronto alguns comerciantes também precisarão de ajuda para recuperar os prejuízos. Se uma obra de reparo da pinguela leva seis meses, nem quero imaginar uma reforma no espaço do mercado”, diz o comerciante.

Nesta época de economia sustentável pujante, as pequenas obras estão ficando em segundo plano. Os administradores estão mais preocupados com os votos que podem angariar com o programa Ruas do Povo, que foi deixado de lado após a reeleição do governador Sebastião Viana (PT), mas voltou com força total para mais uma vez servir de trampolim político para o PT. É esperar que a qualidade da pavimentação das ruas seja melhor que na última etapa, senão a escolha de abandonar os votos dos comerciantes para priorizar os votos dos populosos bairros da periferia não vai adiantar muito no computo geral.

Transporte pioneiro de pacientes
em bicicleta cargueira não vingou
É triste, mas tenho que informar à população do município do Jordão, que o transporte pioneiro de pacientes em bicicleta cargueira vai ser interrompido. Depois da denúncia de João Braz, a assessoria da Sesacre, encaminhou um e-mail dando conta que a ambulância movida a combustível fóssil vai voltar a funcionar. De acordo com o Setor de Transporte da Secretaria de Saúde, a peça necessária para o conserto da ambulância que presta serviço no município foi enviada na segunda-feira (22) por avião. Estima-se que o veículo esteja consertado até o próximo fim de semana. Bom, de qualquer forma, a experiência ecologicamente correta foi iniciada no Acre.

Apenas um carro está em situação
regular no município de Jordão
Os deputados estaduais fizeram o debate sobre um fato inusitado, durante a sessão ordinária de terça-feira (23). O Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran-Ac), teria realizado uma inspeção surpresa no município de Jordão e teria constatado que apenas um dos veículos que circulam na cidade do interior estaria em dias com as taxas do órgão. O carro seriam “o amarelinho”, como definiu Eliane Sinhasique (PMDB), do deputado Jenilson Leite (PCdoB), os demais veículos estariam todos com o licenciamento vencido. Os deputados fizeram coro para que o Detran estenda o prazo para regularização.

O vereador Guedes, do Jordão, é o autor da revelação. Desesperado, ele recorreu aos deputados estaduais. De acordo com Guedes, o Detran enviou uma equipe para fazer blitz no município. “Não tem um carro, nem uma moto, regularizados lá, com exceção do carro do deputado Jenilson”, contou. O município não possui Ciretran e nem escritório do Detran, toda documentação referente é feita no Ciretran de Tarauacá, se tornando uma missão quase impossível, levar os veículos via fluvial, para fazer a vistoria em Tarauacá. Será que a obrigação de resolver o problema é exclusiva dos condutores? Responda Detran!

“Ou você é gay ou você é evangélico”
Esta foi a constatação de um professor, durante um bate-papo com este blogueiro, sobre a polêmica do debate da menção à questão de gênero, nos planos municipal e estadual de educação. “Há exagero das duas partes. O debate está atravessado. hoje, ou você é gay ou você é evangélico. E quem não é nenhuma coisa nem outra? Rapaz, tem coisa muito mais importante para se discutir. Enquanto isso, os direitos trabalhistas vão sendo tirados na moita e ninguém diz nada. Essa nova regra da aposentadoria é uma afronta, por exemplo, e ninguém diz nada, ninguém se manifesta”, destaca o professor.

O educador prossegue seu relato. “Ray, digo por experiência: nas escolas não precisa de lei para discutir educação de gênero não. Os alunos tem mais experiência do que os próprios professores. Eles mesmo conversam e eles mesmos pautam o debate dentro do ambiente escolar. Sem falar do número de gays e lésbicas que há dentro das escolas hoje, e não falo com preconceito não, são exatamente os filhos daqueles que todo o domingo estão na igreja orando pela salvação”. Devo concordar com estas afirmações, o debate é raso, virou um cavalo de batalha de dois grupos que não representam a totalidade da sociedade.

E o corte nos recursos para educação?
A polêmica da questão de gênero na formatação dos planos de educação pode ser apenas uma cortina de fumaça para esconder o verdadeiro debate. Nem as ditas minorias, nem os fanáticos religiosos ainda se reuniram para discutir o significativo corte que a presidente Dilma Rousseff (PT) fez no orçamento da educação. A petista cortou R$ 9 bilhões para investimentos na área, mas os síndicos políticos na reunião de condomínio que se transformou o debate da educação não querem discutir temas importantes como a prestação de contas do prédio, começa discutindo a proibição de usar maiô de bolinha vermelha na piscina. ai todo mundo dá sua opinião e lá pelas onze da noite, quando a metade dos moradores já foi embora, ele coloca a prestação de contas em votação e, claro, todo mundo cansado, aprova sem problemas. É isso que que políticos evangélicos e os grupos da diversidade estão fazendo neste momento. Eles estão discutindo a proibição do maiô de bolinha na piscina e a proibição de andar sem camisa no corredor e esquecendo do debate principal.

O rugido do Leão
O prefeito Vagner Sales (PMDB) não está nada satisfeito com a decisão do PSDB ter escolhido um candidato para disputar sua sucessão no município de Cruzeiro do Sul, durante a convenção estadual do partido em Rio Branco. Revoltado, o Leão do Juruá disse que a escolha de um pré-candidato por qualquer partido do bloco de oposição tem que ser debatida no município. O peemedebista afirma que as lideranças políticas do Vale do Juruá não foram consultadas antes do lançamento do nome de Henrique Afonso, como pré-candidato pelo ninho tucano. “Esta discussão deve envolver todas as legendas de oposição”, diz Sales.

Para Sales, por uma questão de respeito, já que ele está no mandato, ao menos um telefonema, os dirigentes do PSDB deveriam ter feito para comunicá-lo. Na minha opinião, a escolha de um candidato vai passar obrigatoriamente pelo senador Gladson Cameli (PP) e Vagner Sales. A justificativa é simples: quem não se lembra da disputa eleitoral que Henrique Afonso foi candidato pela FPA, com todo poderio do PT, programa Ruas do Povo pavimentando até brejo em Cruzeiro do Sul, obras lançadas em diversas áreas, mesmo assim ele foi derrotado por Sales. Imagine agora, num partido praticamente sem recursos.

A oposição “desarrumada”
O presidente regional do PSDB, deputado federal Major Rocha, ainda acredita que poderá acontecer um diálogo entre os partidos de oposição para unir o bloco para as eleições 2016, mas no momento, de acordo com ele, “a coisa está meio desarrumada”. O tucano acredita que o PMDB não vai abrir mão de ocupar a cabeça da chapa com a candidatura da deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) à prefeita de Rio Branco. Em compensação, o PMDB não teria um nome forte para sucessão de Vagner Sales em Cruzeiro do Sul. “Poderá haver uma pulverização de candidaturas de oposição na capital”, alerta Rocha.

Apesar de deixar um alerta que o lançamento de muitas candidaturas favorece a Frente Popular, o dirigente ressalta que praticamente certo, o lançamento de uma chapa pelo PSDB na capital. “O partido precisa crescer, revelar novas lideranças e apresentar um plano político alternativo, onde os candidatos não estejam envolvidos apenas para alcançar o poder. O PSDB quer construir um projeto participativo de desenvolvimento verdadeiro para Rio Branco. Queremos envolver a sociedade neste debate, ouvindo opiniões, colhendo sugestões e pactuando propostas que contemplem a população, não grupos políticos”.

A hora e a vez de Jorge Viana
colocar seu discurso em prática
Enfim, o senador Jorge Viana (PT) vai ter a oportunidade de se posicionar contra a reforma política meia-boca tão questionada por ele. A Comissão da reforma política presidida que será presidida pelo petista foi instalada no Senado. O discurso de JV até mudou. O senador reconheceu que mudar a legislação eleitoral não é um tema fácil e que a comissão terá um trabalho difícil pela frente. Vou deixar um questionamento que será respondido no decorrer dos trabalhos da comissão. Senador, o senhor vai tentar modificar os pontos que considera como retrocesso, na proposta aprovada na Câmara dos Deputados?

Esperteza sem limite
A proposta de isentar os criadores e frango que alimentam o abatedouro de frangos público/privado Acreaves, do pagamento do ICMS da conta de energia, defendida pela deputada Leila Galvão (PT), poderá pesar ainda mais no bolso do consumidor que paga uma pesada alíquota de ICMS nas contas de energia. Estes supostos benefícios não saem de graça, só quem ganha com esta caridade bancada são os grupos empresariais que atuam na economia sustentável propagandeada pela administração estadual. É bom o consumidor ficar de olho nesta penca de projetos que foram aprovados ultimamente, eles concedem uma série de isenções para alguns setores, mas a lógica é que o governo não vai aceitar perder receita, alguém vai ter que pagar a conta. Meus três leitores, adivinhem quem vai ficar com a fatura desta farra?