O Estádio Monumental será neste domingo palco de uma verdadeira guerra entre Brasil e Venezuela. Com três pontos cada no disputadíssimo Grupo C da Copa América, as duas seleções vão medir forças em busca da desejada vaga nas quartas de final. Mas os comandados de Dunga chegarão desfalcados da principal arma: Neymar, suspenso pela Conmebol por quatro jogos por ter sido expulso contra a Colômbia e xingado o árbitro Enrique Osses.
Sem o camisa 10, qual estratégia a Seleção Brasileira irá utilizar para dominar e vencerbatalha decisiva contra os venezuelanos? Na tentativa de encontrar “respostas”, a reportagem do LANCE! visitou a Plaza de Armas (Praça das Armas), um dos locais mais movimentados e propícios para tal missão em Santiago.
Andando no entorno do histórico ponto turístico da capital do Chile, onde o conquistador espanhol Pedro de Valdívia fundou a cidade em 1941, dois torcedores brasileiros se destacaram no meio da multidão. Isso porque, vestidos com as cores verde e amarelo, os estudantes de intercâmbio Jean Kleber e Fredy Carvalho, naturais do Mato Grosso do Sul, eram alvos de fáceis de piadas de chilenos, colombianos, argentinos e tantos outros. Culpa da decepcionante exibição do Brasil na competição até o momento.
– O Neymar precisa baixar um pouco a bola e colocar os pés no chão. Eu queria ver o Neymar jogar, mas ainda assim será uma experiência legal acompanhar de perto a Seleção no estádio. Vida que segue, vamos torcer pelo Brasil – desabafou o palmeirense Jean, de 21 anos.
– O Neymar é apenas uma pecinha a mais. Ele é muito estrelinha, quer ficar aparecendo tipo o Cristiano Ronaldo. Ele deveria honrar mais a camisa do Brasil – criticou o são-paulino Fredy, de 22 anos.
Jean Kleber e Fredy Carvalho, que garantiram com antecedência os ingressos para o jogo de hoje, gostariam de ver Diego Tardelli como substituto de Neymar contra a Venezuela. Mas a arma escolhida por Dunga será outra: Robinho. O atacante do Santos, um dos mais experientes do grupo, provavelmente formará ataque com Willian, Philippe Coutinho e Roberto Firmino.
– Nós acreditamos nos jogadores que trouxemos para a Seleção. Tentamos tirar o melhor de cada jogador – ressaltou o treinador, ontem, em entrevista coletiva.
A confiança está depositada. Que rufem os tambores!
AS ARMAS SEM NEYMAR
Elias – Costuma chegar com facilidade ao ataque e surpreender os adversários dentro da área. Com Coutinho no time, volante terá mais liberdade para participar das jogadas ofensivas.
Philippe Coutinho – De volta ao time, no lugar de Fred, meia é o único armador de fato da Seleção. Será fundamental na criação de jogadas e, se tiver espaço, poderá dar trabalho pelas duas pontas do campo.
Willian – É o melhor jogador para fazer a função de Neymar. Veloz e driblador, meia-atacante costuma chamar o jogo e ir para cima dos rivais. Mas precisa tentar entrar mais dentro da área e finalizar.
Robinho – Tem história no futebol brasileiro e é um dos jogadores mais experientes do grupo. Atacante vem de um bom início da temporada pelo Santos e costuma ser temido pelos adversários. Falta provar que ainda pode ser a referência da Seleção.
Roberto Firmino – Não foi bem diante da Colômbia, mas segue em alta com Dunga. Ainda precisa provar dentro de campo que é a melhor opção ofensiva do que Diego Tardelli. Chegou a hora?
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