Morreu ontem, em Portugal, o economista Carlos Oscar Abrantes Nogueira Guedes, ex-homem forte dos governos dos peemedebistas Nabor Junior e Flaviano Melo, nos anos 1980.
Tido como cientista político e articulador de primeira linha, Carlos Abrantes estava foragido em Portugal por envolvimento na conta Fávio Nogueira. No governo de Flaviano Melo, Abrantes foi chefe do gabinete civil e secretário de fazenda. Seu sonho era retornar para o Acre, onde construiu amizades e teve filhos. Português, Abrantes adotara na época o Estado do Acre como sua terra.
Carlos Abrantes chegou a ser condenado à revelia pela Justiça por crime de peculato. Ele foi operador da conta Flávio Nogueira, um esquema que consistia em atrasar por quase um mês o pagamento de servidores aposentados e pensionistas e em desviar dinheiro do Fundo de Participação do Estado para oito contas-fantasmas.
Segundo a sentença judicial, o dinheiro desviado era aplicado no mercado financeiro e os rendimentos, sacados pelos fraudadores ou convertidos em títulos ao portador e negociados no mercado financeiro. Depois, os recursos eram devolvidos aos cofres públicos, sem correção e desvalorizados, para pagamento de proventos.
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