Os servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) completam, no próximo sábado, dia 20, exatos 30 dias de greve. Como consequência, o movimento pode estar causando um prejuízo que margeia os R$ 28 milhões aos empresários do Acre, segundo o presidente da Federação do Comércio, Leandro Domingos.
Para o gestor, o movimento grevista é benéfico, mas está retardando a liberação de cargas que chegam à capital acreana. “Nós concordamos que esses servidores sejam valorizados pelo Governo Federal. Sabemos que eles têm dificuldade, por isso, precisamos que essa mensagem de valorização chegue ao governo. Somente nesses dias de greve já tivemos o prejuízo de cerca de 28 milhões somente no Acre”, revelou Domingos através de Assessoria.
Na última terça-feira, dia 16, um grupo de caminhoneiros decidiu radicalizar o movimento contra a greve e fechou todas as vias que dão acesso às rodovias BR-364, BR-317 e AC-40, na saída da capital Rio Branco. A ação ocorreu pela segunda vez. Mesmo assim, após reunião com os servidores, ficou acordado que um número maior de agentes faziam as averiguações nos caminhões. Logo depois, as vias foram liberadas.
Vale lembrar que a categoria anunciou a greve como protesto ao veto da presidente Dilma Rousseff em relação à medida provisória 660, que determina a reestruturação do plano de cargos e carreiras.
A mobilização acontece em todos os cinco estados e 14 unidades em que a Suframa atua. A paralisação conta com aproximadamente 95% de adesão. Mais de três semanas após o início da paralisação, a categoria permanece sem respostas do Governo Federal.