Aguardando atendimento em frente à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) desde o último dia 21 de maio, um grupo de caminhoneiros decidiu radicalizar e fechou, por volta das 9h20 desta terça-feira (16) a rotatória da Corrente, que dá acesso a BR-364 e a vários bairros do Segundo Distrito da capital acreana. Essa é a segunda vez que o grupo bloqueia o acesso a rodovia, mas garantem que agora é por tempo indeterminado.
Os manifestantes afirmam que a situação ficou insustentável, pois estão parado a pelo menos 15 dias em condições precárias, sem higiene e segurança. Os caminhoneiros afirmam ainda que os prejuízos, por conta do tempo sem trabalhar, ultrapassou o limite.
“É desumano o que estamos passando aqui. Ninguém dá uma posição quanto à normalização do atendimento da Suframa e enquanto isso vamos ficando aqui a mercê da própria sorte. Estamos gastando do próprio bolso para nos mantermos e o dinheiro já está acabando, a noite nos reversamos na vigilância dos caminhões para que as cargas não sejam roubadas, sem falarmos na falta de um banheiro para tomarmos banho e fazermos as nossas necessidades”, comentou Vilmar Sérgio Will, que veio do Espirito Santo e aguarda a cerca de 15 dias a liberação de entrega da carga de caixas d’água.
Os caminhoneiros Fábio Roberto Souza e Jefferson Willian Garcia, vieram de São Paulo com carregamentos de piso e isopor para uma empresa de material de construção de Rio Branco. Eles reclamam da falta de informações por parte da Suframa sobre a situação da greve e cobram a presença de deputados federais e senadores acreanos que possam intervir junto ao governo federal na tentativa de resolver a situação.
“Sabemos e até entendemos os motivos para que os servidores da Suframa façam greve, mas o que não aceitamos é que nosso trabalho seja comprometido por conta disso. O pior de tudo é que estamos abandonados aqui, nenhum deputado e nenhum senador do Acre veio aqui para saber como estamos, para averiguar a situação em que estamos sendo obrigados a viver, eles sim podem intermediar uma conversa com o governo federal e quem sabe resolver essa situação”, cobraram os caminhoneiros.
Os manifestantes prometeram manter o bloqueio do acesso a BR-364 até que a situação seja resolvida.
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