Eu não tenho muita imaginação para escolher o título das minhas crônicas. Não raras vezes procedo a várias substituições antes de mandar o texto para publicação. E, ainda assim, depois de mandá-lo fico achando que o título poderia ser outro. Como eu sou um apaixonado por cinema, curto muito quando encontro um título que remeta a algum filme. Eu sei que fica, às vezes, meio forçado, mas tudo bem, vá lá que seja.
É o caso desse título de hoje, que eu, a bem da verdade, devo confessar que copiei do jornal Diário do Nordeste, edição de quinta-feira passada (11). É o título de um filme, todo mundo sabe, mas que caiu como uma luva para um texto sobre a 44ª edição da Copa América, ora se realizando no Chile. São tantas as seleções em condição de levantar a taça que, sem dúvida, serão jogos duríssimos esses do Chile.
Veja-se que das doze seleções (as dez da América do Sul, mais a Jamaica e o México), pelo menos cinco pintam como possíveis campeãs: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai (citei-as, propositadamente, em ordem alfabética, viu?). Qualquer uma dessas, pelas mais diversas razões, podem ser campeãs. As outas sete, creio, não tem chance, são meras figurantes, vão só tentar vender caro a própria pele.
A Argentina é sempre favorita, seja aqui, ali ou acolá. Desde o início dos tempos a Argentina tem entrado nas competições como uma das favoritas. E agora ainda mais nessa era de Lionel Messi, Ángel Di Maria, Sergio Agüero, Carlos Tevez e companhia ilimitada (digo isso constrangido, mas não posso me negar a admitir, infelizmente não posso). Não ganham muito, mas são sim sempre favoritos.
O Brasil, apesar daqueles sete a um que foram aplicados pela Alemanha na Copa do ano passado, que vai continuar ecoando nos nossos ouvidos até o juízo final, embora não tenha a constelação toda que está a serviço da Argentina, também é favorito. Talvez até aqueles sete a um sejam o elemento mais motivador da seleção brasileira… Dar a volta por cima, mostrar que tudo não passou de mero acidente…
No caso do Chile, a seleção desse país tem a boa vantagem de ser a anfitriã. Além do mais, não bastasse isso, é notório que os chilenos estão numa fase onde a bola rola obediente nos pés dos seus jogadores. Intimidade total, tabela perfeita com a Cordilheira dos Andes e com os deliciosos vinhos que se mantém à espera dos visitantes nas suas adegas. Neruda espera comemorar o primeiro título de “La Roja”!
As outras duas seleções que eu listei como possíveis vencedoras desta edição da Copa América, a do Uruguai e a da Colômbia, também possuem capacidade de sobra para subir ao degrau mais alto do pódio. O Uruguai é, simplesmente, o maior vencedor da competição, com 15 títulos conquistados (o Brasil tem somente oito). E a Colômbia talvez jamais tenha reunido tantos craques como o fez agora. Jamais!
É isso, então, por hoje, caríssimo leitor. Tudo leva a crer que serão “jogos vorazes” mesmo, como no título do cinema, reproduzido pelo Diário do Nordeste e apropriado por este aposentado que te escreve. Como no argumento de monsieur Antoine Laurent de Lavoisier, parafraseado pelo mais velho de todos os guerreiros, Abelardo Barbosa “Chacrinha”, “nada se perde, nada se cria, tudo se copia”. Amém!