A greve dos servidores da Superintendência da Zona Franca de (Suframa), que dura 21 dias, deve continuar por tempo indeterminado. Ontem, 11, em Brasília, foi realizado mais uma audiência para debater a situação dos servidores, porém não houve acordo e o representante do sindicato informou que pretende manter o indicativo de greve.
A reunião contou com a participação do representante do Ministério do Planejamento, do presidente da Suframa e do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa). A contraproposta do Governo Federal é de inserir as reivindicações da categoria somente para Orçamento de 2016.
No final da reunião, o superintende da Suframa, Gustavo Adolfo, considerou a proposta razoável e pediu pelo fim da paralisação. “Estamos em junho e estamos falando de um acordo para agosto, onde as reivindicações estarão inseridas no planejamento do orçamento do ano que vem, seria razoável se houvesse o fim da paralisação. É preciso bom senso para que possamos assumir esse compromisso com os servidores, com efeitos para 2016”, reforçou.
O presidente do Sindframa, Anderson Belchior, viu a proposta com desconfiança, uma vez que há dois anos, o Governo Federal havia feito a mesma proposta e não teria cumprido com o acordado.
“Nos dois últimos anos a proposta foi a mesma, o Governo Federal não cumpriu com sua palavra e, recentemente, a presidente Dilma Rousseff vetou o decreto que poderia nós assegurar melhorias e a reposição salarial. A greve deve, portanto, seguir por tempo indeterminado. Ainda temos uma chance que é a derrubado do veto da presidente no congresso nacional”, declarou em entrevista ao canal aberto de televisão.
De acordo com a Sindframa, no Amazonas, a greve gera um prejuízo de R$ 100 milhões/dia; enquanto que a reestruturação representa um custo de 32 milhões aos cofres públicos, ou seja, três horas de greve representa o reajuste de um ano que poderia estar sendo concedido aos pouco mais de 400 servidores da autarquia.
Reivindicações- A categoria pede reajuste salarial e ainda melhorias estruturais nas representações em cidades localizadas em Roraima, Rondônia, Amapá, Acre e Amazonas.