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Dé, o Aranha

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Domingo Elias Alves Pedra nasceu na cidade carioca de Paraíba do Sul em 16 de abril de 1948.


Passou para o mundo do futebol com um sutil apelido formado pelas inicias de seu nome, Dé.


Em 1966, jogando pelos juvenis do Olaria, equipe do subúrbio carioca, marcou 3 gols no empate em 4 a 4 frente ao Bangu, em uma preliminar dos profissionais, e logo ao final do ano foi contratado  pela equipe de Moça Bonita. A intenção da equipe campeã carioca daquele ano era renovar o plantel em busca do bicampeonato estadual.

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Logo em suas primeiras partidas com a camisa alvirrubra, em julho de 1967,marcou gols em importantes vitórias frente o Fluminense e Vasco, e passou a ser considerado um dos maiores novos talentos do futebol carioca no final da década de 1960.


Jogador muito habilidoso e técnico ganhou a fama de malandro por conta da forma como provocava seus adversários, não apenas em campo, bem como através de suas entrevistas e por suas atitudes, nem sempre muito leais.


Em partida válida pela Taça Guanabara de 1970, em 25 de abril daquele ano, aproveitou a entrada do massagista do Bangu e pegou uma pedra de gelo, sob a justificativa de matar sua sede. Logo em seguida, jogou a pedra de gelo em direção da bola, que estava sob controle do zagueiro rubro negro, Reyes. A bola mudou levemente de rumo, o suficiente para que Dé aproveitasse, a dominasse e marcasse o segundo gol, da goleada imposta pelos alvirrubros por 4 a 0.


Em outra oportunidade, em partida frente o Vasco, a partida se encaminhava para seu final, empatada por 1 a 1, quando foi marcada uma falta a favor do Bangu. Enquanto Aladim ajeitava a bola, Dé aproveitou para encher a mão com uma porção de terra da área, sem grama, próxima do goleiro Andrada. Logo que Aladim chutou, Dé jogou a terra no meio da cara do arqueiro argentino. Gol do Bangu, 2 a 1. Andrada ficou louco e correu em direção do atacante, proporcionando uma baita confusão no Maracanã.


Ficou no Bangu até 1970, quando após chegar a vestir a camisa do Fluminense, acabou sendo contratado pelo Vasco da Gama.


Em 22 de junho de 1971, justamente contra seu antigo clube, inconformado pelo “baile” que a equipe cruz maltina levava, na partida que acabou com uma goleada de 4 a 0 a favor do Bangu, acabou expulso, e ao ver o cartão vermelho, o tomou das mãos do arbitro e após tentar rasgá-lo, sem sucesso, por ser de plástico, correu em direção aos vestiários com o cartão em suas mãos. O juiz, Nivaldo dos Santos, tentou pegá-lo de volta e acabou recebendo a seguinte resposta de Dé: “Você me deu o cartão, agora ele é meu”.


Em outra oportunidade, em um clássico contra o Flamengo, após ter um gol anulado, que seria o de empate, pegou uma porção da grama e levou para o bandeirinha, gritando: “… burro tem que comer capim…”.


Permaneceu no Vasco até 1974, e fez parte do plantel que conquistou o titulo brasileiro daquele ano. Partiu para a Europa, onde foi contratado pelo Sporting de Lisboa. Ficou pouco tempo em Portugal, ainda assim foi campeão nacional da temporada 1974/1975 e da Taça de Portugal de 1975. Logo estava de volta ao Vasco, onde voltou a ser campeão, agora da Taça Guanabara de 1976.


Em 1977 foi levado para o Botafogo e embora não tenha conquistado título no alvinegro carioca, fez parte da equipe que ficou invicta por 52 partidas, na maior série invicta do futebol brasileiro. Foi lá que acabou incluindo o “Aranha” ao seu nome, que era uma gíria da época para algo muito ruim ou muito bom. Era desta forma que a torcida da equipe da Estrela Solitária o via.


Contratado pela equipe árabe do Al Hilal, em 1980, foi campeão nacional, e logo voltou para atuar no Bangu, onde ficou até 1981.


Após breve passagem pelo Bonsucesso, acabou sendo redescoberto pelo futebol capixaba em 1983, onde atuou nas duas grandes equipes do estado, Rio Branco e Desportiva Ferroviária, sendo campeão estadual em 1983 e 1985.


Dé foi um dos mais irreverentes jogadores do futebol brasileiro, um exemplo que a malandragem faz parte do esporte e o torna ainda mais divertido.

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