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Debaixo de criticas, Marcio Bittar dá adeus a presidência do PSDB no Acre que começa a era Rocha

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Debaixo de criticas de correligionários, o ex-deputado federal Márcio Bittar deixou a presidência do PSDB no Acre. A convenção do partido aconteceu no auditório da Federação do Comércio, em Rio Branco, durante toda a manhã deste domingo (7). O deputado federal Major Rocha assumiu o comando do partido ao lado do deputado estadual Luiz Gonzaga.


O evento que deveria ser de festa foi marcado por discursos emocionados e muitas cobranças de unidade partidária. A busca por culpados para a derrota nas eleições de 2014 pautou as falas. Um dos líderes mais antigos da sigla, Alberto Furtado, pediu que os falsos tucanos refletissem sobre a responsabilidade de fazer oposição e pediu ao deputado federal Major Rocha, uma gestão que busque a fidelidade em todo o estado do Acre.

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“Prefeitos e vereadores pré-candidatos nas próximas eleições, reflitam sobre a responsabilidade de fazer oposição e fidelidade partidária no PSDB. Quem não pensar assim pensam para sair” comentou Furtado.


Tucanos de bico-duro não pouparam nem o combatente Major Rocha. O ex-deputado federal Luiz Garcia citou o pedetista Leonel Brizola para pedir atenção às bases do PSDB no Acre. “Ouça os deputados, prefeitos e vereadores, mas não se esqueça de Rocha, de ouvir o povo que te elegeu”, disse Garcia em carta dirigida ao novo presidente da sigla.


Em tom mais duro, o presidente da executiva municipal de Acrelândia. Nézio Mendes de Carvalho, disse olhando nos olhos de Márcio Bittar: “a culpa pela sua derrota em 2014 é sua mesmo, que não trabalhou as bases do partido no Acre, se afastou da juventude e sequer conseguiu a eleição de um grêmio de escola”, desabafou.


 


Novas filiações moderaram o encontro tucano


Coube aos novos filiados o tom mais moderado ao encontro que reuniu pouco mais de 200 filiados. Citando Geraldo Vandré, o ex-democrata Henrique Afonso cantou o verso “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Afonso disse que sua filiação representa a vontade por uma grande frente de mudança. Ele foi romântico ao falar de ética, moralidade e democracia.


“Sou militante do partido, quero ser um soldado em busca da transformação social. Se for em Cruzeiro do Sul que isso deve acontecer, que Jesus abençoe esse projeto” disse Henrique Afonso.


A humildade que sobrou no discurso de Henrique Afonso, que foi vice de Tião Bocalom nas eleições de 2014, faltou para o jovem Francileudo Costa que se apresentou durante a convenção do PSDB como “general”, disposto não a ouvir, mas a fazer mudança no partido.


Coube à professora da Universidade Federal do Acre, Socorro Nery, equilibrar o debate, falar sobre a formalização de adesão e ideias, gestão pública para tornar o estado um instrumento efetivo de transformação social.


“Minha adesão ao PSDB formaliza essa política de ideais e democracia” concluiu a professora.


O ex-deputado estadual e ex-secretário de educação, Alércio Dias, foi um dos novos filiados do partido que também assinou a ficha de adesão durante o encontro.


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Márcio volta a citar mágoas; mas disse que não precisa ser o seu nome o de candidato ao governo em 2018


Em um dos menores discursos de sua carreira política, de apenas 11min31, Márcio Bittar voltou a culpar grupos da oposição por sua derrota nas eleições de 2014. Citando o apoio da imensa maioria do partido, o ex-presidente do PSDB disse que a desmoralização e desmobilização provocada por alguns tucanos que trabalharam para o adversário, precisa ser encerrada.


“Mas me sinto imensamente feliz pelo apoio do meu partido, vejo uma luz no fim do túnel marcando uma data para o fim desse período ruim que o Acre e o Brasil passam” acrescentou.

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Mesmo afirmando estar contaminado pela atuação animada de Aécio Neves na oposição em Brasília, no Acre, Bittar disse que não precisa ser o seu nome o que vai tirar o PT da gestão. “Precisa ser alguém que nós queiramos que seja”, completou.


Falando como líder do partido, assegurou que o PSDB está aberto a adesões, reconheceu erros que precisam ser corrigidos pela sigla para a chegada forte em 2018 e criticou, sem citar nomes, quem em sua opinião se beneficiou da estrutura tucana para o governo, “se elegeu, cruzou os braços no segundo turno e foi fazer aliança com o PT em Brasília”.


Ainda com artilharia afiada, Márcio creditou a falta de humildade de alguns líderes da oposição a não vinda de Henrique Afonso para a oposição em 2018. Apresentou mais uma desculpa para sua derrota.


“Bem provável que se tivéssemos Henrique Afonso nós teríamos unidade e venceríamos no primeiro turno” destacou.


Bittar agradeceu a todos através da esposa, Marcia Bittar a quem chamou de porto seguro e amor de sua vida, a esposa Marcia Bittar.


 


Emocionado Rocha fala em resgate da credibilidade política


Bastante emocionado, o deputado federal Major Rocha chorou durante os primeiros minutos de seu discurso de posse. Ao lado de Luiz Gonzaga e de Marcio Bittar, ele falou que sua grande missão será a de resgatar a credibilidade política.


“Farei no PSDB o mesmo que fiz na PM, onde durante o meu comando, dei voz ao soldado e ao coronel” garantiu.


Rocha citou a formação da executiva estadual afirmando o reconhecimento para a história do partido. O primeiro vice-presidente, Alberto Furtado, é um dos fundadores da sigla no Acre e foi convidado de Rocha para compor a nova diretoria.


“Vamos fortalecer o PSDB em todo o Acre e iniciar um diálogo com todos os partidos” concluiu o deputado.


 


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