Com tanto dinheiro objeto de corrupção, a conclusão é que a CBF tratou o futebol em si, por anos a fio, com total menosprezo.
Comissões polpudas a dirigentes da confederação em acordos firmados com patrocinadores, por certo, impôs cláusulas para que empresas privadas se beneficiassem ao máximo das apresentações do principal produto da CBF: a seleção brasileira.
Com o condicionamento de partidas do Brasil em locais e horários de interesse, além da influência nas convocações de jogadores – fato, aliás, já levado ao público pela imprensa antes da prisão do ex-presidente da CBF -, é de se imaginar a vantagem que foi para patrocinadores pagar suborno a cartolas para fecharem contratos exclusivos.
No âmbito dos contratos firmados com a televisão, as comissões generosas ilegais devem ter dado às emissoras, como vantagem, um domínio conveniente a elas de datas e horários de partidas de futebol, em detrimento absurdo ao torcedor disposto a assistir na arquibancada dos estádios jogos organizados pela CBF.
O calendário nada adequado e a falta de rodízio entre clubes nas exibições de jogos na televisão aberta, são algumas das faces catastróficas desses acordos entre a CBF e empresas de concessão pública.
Mas e as seleções feminina e de base – que, aliás, não têm ganhado nada expressivo há anos no futebol internacional -, será que perderam apoio? É possível que sim em meio a acordos espúrios centrados na seleção principal.
E a inexplicável ausência da CBF nas praças em que o futebol brasileiro ainda carece de organização, programas de incentivo e projetos de marketing? Por que a entidade nunca condicionou nos contratos com seus parceiros (as chamadas contrapartidas) práticas para tornar o futebol brasileiro muito mais do que competições para atender à região Sul-Sudeste?
O silêncio dos clubes nesse momento de escândalos na entidade máxima do esporte é inquietante. A falta de manifestação leva a crer que eles são farinha do mesmo saco.
Assim como o é boa parte dos jogadores e ex-jogadores da primeira linha do futebol brasileiro, submissos à confederação e zelosos com seus contratos de patrocínio que são os mesmos da CBF.
O andar inferior, ou seja, os clubes pequenos e seus jogadores (a maioria dos atletas profissionais) que atuam na segunda linha do futebol, se mantêm também calados, debaixo do guarda-chuva patriarcal de federações aliadas da CBF e de empresários traficantes de seres humanos bom de bola.
Ainda nessa cadeia pecaminosa, surgem os torcedores profissionais, essa gente que usa como fachada torcida organizada para praticar comércio ilegal e, ao mesmo, tornar-se exército de defesa de interesses de dirigentes inescrupulosos.
Restam os torcedores sérios e apaixonados. Mas dentro desse cenário de corrupção apontado pelas autoridades norte-americanas, descobriu-se agora que vinham sendo usados como massa de manobra. Um completo descalabro!
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