Mago, profeta, bruxo ou louco?
Ele sabe que, para alguém que assume previsões catastróficas ser intitulado assim é normal. Davi Friale, inegavelmente, é um personagem do Acre. Um misto de um sujeito folclórico e intelectual sem apegos a bens materiais que gosta de viver a vida em seu sentido mais amplo. É assim que ele se descreve.
Com o passar do tempo esse conceito tomou sentido pejorativo e passou a valer para pessoas debochadas. Mas Diógenes, o maior propagador do cinismo morava em um barril e tinha a natureza como seu guia. Nada de deboche, ao contrário: vivia do que a natureza lhe proporcionava.
O nosso Diógenes também não é apegado aos bens materiais. Mora em um pequeno apartamento em um hotel no 2º Distrito de Rio Branco. Natural de Recife, capital do Pernambuco, Davi Friale Setúbal, descende de portugueses. Ingressou na faculdade muito cedo, aos 14 anos. Na Universidade Federal de Campina Grande, no Estado da Paraíba, estudou durante quatro anos meteorologia, depois engenharia civil. Mas sua vocação para os fenômenos atmosféricos e a previsão do tempo começa de modo empírico, antes mesmo de frequentar a academia.
Adolescente curioso, aos 12 anos, Friale buscava explicações para a ocorrência das secas no nordeste, o frio, a escassas chuvas, o vento e as nuvens. “Eu já tinha no fundo do quintal da minha casa a minha mini-estação meteorológica e ficava observando o tempo. Já desenhava mapas, fazia minhas previsões”, conta.
E foi observando o tempo chuvoso numa quinta-feira à tarde que durante uma conversa informal, Davi Friale começou sua entrevista ao ac24horas. Do hall do Museu do Palácio da Justiça, Friale tentava explicar a uma senhora mais uma de suas previsões duvidosas. Dois dias antes ele vaticinara o fim das chuvas torrenciais, que este ano se estendeu até maio, e a chegada de uma frente fria. O pesquisador tentava justificar que seu prognóstico não estava errado porque a chuva daquela tarde era isolada e havia durado menos que 40 minutos. Da informalidade nasceu a entrevista que durou mais de três horas. Começou na quinta-feira e prosseguiu pela manhã do dia seguinte, sexta-feira.
O homem de pouco mais de 1,80 metros de altura, 55 anos, meio fanho, rosto magro, cavanhaque falho, de hábitos simples e passos rápidos e curtos é de fato excêntrico. Tem respostas curtas, rápidas com apenas duas, no máximo três palavras, quando perguntado sobre seus hobbys e manias, e é demorado e complexo ao fazer suas previsões do tempo. Às vezes faz uma pausa até lembrar as datas. Tem dificuldade em memorizar, embora seja, segundo seus alunos do Curso Aprovação, um “ótimo professor de Física e Geografia”.
O museu do tempo
Museu é um lugar em que personagens e figuras da história voltam à tona, parecem estar vivos dentro de um ambiente. É a memória arquivada de um tempo. Como se ali o passado estivesse congelado.
É num ambiente desses que Friale pára e atualiza seu site sobre o clima o Tempo Aqui. O Museu do Palácio da Justiça, no centro de Rio Branco, é frequentado diariamente por estudantes do Direito e concurseiros. Todos conhecem Friale. Da faxineira ao responsável pelo lugar, o desembargador aposentado Arquilau de Castro Melo, que não esconde sua admiração pelo meteorologista.
Diariamente quando Davi Friale chega ao Museu para cumprir seu “expediente”, sempre às 8h, ele é parado por alguém no hall do Palácio para uma conversa sempre relacionada ao clima e ao tempo.
No dia em que ac24horas chegou ao local para entrevistar Friale, numa manhã da ultima sexta-feira de maio, ele papeava com Arquilau de Castro Melo, que fez questão de mostrar sua admiração pelo meteorologista: “Sou curador desse Museu e enquanto eu estiver aqui, o Friale tá comigo. No dia que eu cair, ele cai. Aqui você tem a previsão que quiser. O que ele faz é previsão. E previsão é só previsão”, diz Melo, para depois abraçar o amigo a quem ele considera “companheiro de trabalho” no Museu.
Depois que conversa com um, debate com outro, tira dúvidas de vários, posa para fotos e faz suas previsões, Davi Friale caminha rapidamente para a Biblioteca do Museu, um espaço climatizado com uns 10 computadores ligados à internet 24 horas por dia. Friale cumprimenta o recepcionista observa a manchete principal do seu jornal preferido, faz ponderações, pede autorização para que ele possa ser fotografado dentro do ambiente, promete silêncio ao encarregado pela Biblioteca, se senta e diz em voz baixa apontando para o mapa na tela do computador: “é aqui que eu faço as minhas atualizações”. Em seguida, o meteorologista observa as imagens de satélites, faz cálculos e, por último, começa atualizar seu site publicando o primeiro texto. “Tenho os meus leitores e preciso fazer isso. Eles exigem que isso seja feito”.
Após a primeira postagem, o primeiro gole de café. Friale vai até a copa, toma seu cafezinho diário e retorna à Biblioteca. Mas antes de voltar ao seu lugar de trabalho, o meteorologista reservou um momento para uma entrevista concedida no auditório do Palácio da Justiça.
ac24horas – Davi Friale é uma fria?
Friale – Não, eu sou muito é quente!
ac24horas – Mas o nome Davi Friale parece algo como um marketing. Esse é mesmo o seu nome?
Friale – Meu nome é Davi Friale Setúbal. Descendente de portugueses.
ac24horas – A meteorologia é apenas uma experiência que vem da prática, das observações? As pessoas questionam sua formação…
Friale – Sim, eu sempre gostei de observar o tempo. Desde a infância que eu ficava observando as nuvens, o vento, e eu ficava curioso de saber o porquê do vento, de onde era formado o vento, as nuvens, o que elas significavam, os diversos tipos de nuvens… Aí eu fiquei procurando, pesquisando e fiquei muito interessado em fazer a previsão do tempo. Eu achava interessante você prever o que vai acontecer no dia seguinte. Eu já fazia previsões mais assim bem simples desde a minha adolescência e isso fez com que eu procurasse um curso superior de meteorologia. Eu tinha termômetro, eu tinha barômetro. Não nos padrões internacionais, né, mas eu tinha dentro das minhas possibilidades.
ac24horas – E com seu deu o ingresso na faculdade?
Friale – Vestibular normal. Inclusive teve uma questão sobre as friagens na Amazônia Ocidental. Logo de cara lá no Nordeste, onde eu morava, tem uma questão envolvendo a Amazônia Ocidental. Mais precisamente o Acre. A questão dizia mais ou menos: Qual o fenômeno que gera a queda brusca na temperatura no estado do Acre. Ai tinha lá as alternativas, que eu não me lembro agora, mas eu respondi ela corretamente. Foram quatro ou cinco anos no curso de meteorologia. Não me lembro bem. Sou ruim para gravar datas. Mas foi no máximo cinco anos… Isso, no máximo cinco.
ac24horas – Você também estudou engenharia civil. Como e de onde surge essa vocação?
Friale – Estudei quase que simultaneamente com a meteorologia. Na verdade era só algo extra. Algo que surgiu. Nem exerci essa profissão. Só algo esporádico. Fui engenheiro de tráfego lá no Recife. Passei uns três meses fazendo uma consultoria da prefeitura, pra determinar linhas de ônibus lá, transversais. Então eu ajudei lá nas linhas, no tráfego de ônibus no Recife.
ac24horas – E incomoda a você os questionamentos sobre a sua formação meteorológica?
Friale – De jeito nenhum. O que me interessa é ajudar a população. Não me interessa o que pensam. Isso não faz diferença nenhuma.
c24horas – Mas você tem vontade ingressar em algum instituto de meteorologia ou colaborar com a Defesa Civil?
Friale – Nunca me convidaram. Agora eu posso sim colaborar. E eu sempre coloco isso no site (Tempo Aqui). Mas até agora ninguém me procurou nessa área. Mas eu sou muito consultado por empresas de engenharia, por prefeituras e defesas civis de longe, do Amazonas, Boca do Acre, por exemplo, de cidades da Bolívia, do Peru, da Bolívia, de Rondônia. A gente é muito procurado.
ac24horas – E você cobra por esses serviços?
Friale – Sim, cobro, a não ser que seja algo para a comunidade. Algo como para a Defesa Civil não cobro porque é para a comunidade.
ac24horas – Muita gente diz que suas previsões são feitas porque você copia de outros sites. Você copia as previsões?
Friale – Quem diz isso parece que esquece de comprovar se as previsões que eu faço são iguais a deles. Se eu consultasse algum site no sentido de consultar a previsão teria que ser igual ao deles. Qual deles disseram que iria ter uma grande enchente esse ano. Pelo contrário, disseram que em Rondônia não daria aquela enchente do rio Madeira que deu em 2014, mas eu avisei. E depois disseram que esse ano teria enchente, e eu disse que não. Também nenhum site fez a previsão do frio intenso que ocorreu em 2013, quando a temperatura aqui chegou a sete graus com sensação abaixo de zero. Qual site informou isso? Qual o site que informou sobre aquela chuva torrencial que caiu há duas semanas atrás, numa segunda-feira. Nenhum. Qual site informou a chuva que alagou ali no ramal da Judia, que alagou ruas na Cidade do Povo. Nessa semana, duas grandes emissoras de renome nacional coloram que aqui teríamos chuvas com grande temporais e nós falamos exatamente o contrário, que nós teríamos tempos ensolarados e sem chuvas, como realmente aconteceu. Olhar todo mundo olha até pra ver e comparar.
ac24horas – Então, qual o mecanismo usado para suas previsões?
Friale – A Linha do Equador, como que está o Oceano Atlântico, como que está o Oceano Pacífico. Levando em consideração todo aspecto físico da América do Sul, através dos dados que nos obrigatoriamente repassados pelas estações meteorológicas espalhadas pelo mundo inteiro. Esses dados são apenas registros, eles não são previsões. São dados que são disponibilizados de hora em hora para o mundo inteiro. Todo mundo tem acesso, qualquer pessoa, você só tem que saber interpretar. São dados de hora em hora. Temperatura tal, choveu tanto. Hoje são disponibilizadas na internet. Mas quando não existia internet, existia as imagens de satélite que era publicada uma vez por dia. Isso no começo. Depois passou a ser de seis em seis horas, depois de três em três horas e hoje de quinze em quinze minutos. Hoje tem o computador, mas no passado tínhamos que ter um rádio, um receptor das ondas de satélite e a gente convertia aquilo em imagens. Era uma coisa até simples. Só que as imagens não eram de qualidade como são hoje. Hoje nós podemos ver até uma nuvem se formando aqui em cima de um bairro em Rio Branco. Antes era algo mais geral. Todos esses dados são estudados analisados e nós passamos o dia inteiro estudando para fazer a previsão para o dia seguinte.
A vinda para o Acre
Desde a época da academia, em Campina Grande, na Paraíba, Friale queria conhecer o Acre. A região da Amazônia Ocidental e suas curiosidades lhe fascinavam e ele precisava viver de perto essa experiência. Em 1988, empregado no Banco do Brasil no Recife, o meteorologista pede para ser transferido para o Acre. A presidência da instituição atende seu pedido e o envia para Xapuri, a terra de Chico Mendes. Na cidade, ele chega para gerenciar a única agência do banco. Em 1992 pede demissão da instituição alegando que “não tinha mais o que crescer no órgão e que amava ser livre”.
Naquele ano, ele passa a dar aula em várias escolas do Estado do Acre e na rede particular de ensino. No Colégio Batista, Davi Friale deu aula de física e geografia até 1998. “Me orgulho de ter dado aula no Batista”.
Antes de vir para o Acre, o mago (assim ele também é conhecido) chegou a ser tenente do Exército. Foi depois de completar 18 anos de idade. Ao ingressar nas Forças Armadas, com nível superior, ele logo foi para academia, onde se tornou tenente. Chegou a trabalhar em Brasília, no final dos anos 1970 e começo dos anos 1980. Depois foi para o Banco do Brasil.
“Eu vim para o Acre transferido, na verdade eu pedi para vir pra cá. Eu já tinha vontade de vir porque uma coisa sempre me atraiu no Acre que é o clima. Aqui tem um clima especial que não tem em nenhum outro lugar do mundo. O Acre é o único lugar da terra que faz frio quase perto da linha do Equador devido ao fenômeno da friagem. Então isso me chamava atenção. Lá no Nordeste é sempre a mesma coisa. Não tem o que fazer previsão lá. Aqui não. Aqui tem uma característica especial que são as frentes frias”.
O apocalipse de Friale
Friale continua afirmando: “As águas do rio Acre um dia vão chegar perto das escadarias do Palácio e no Acre a água vai congelar, vai ficar como vidro”. A profecia catastrófica do meteorologista vai se cumprir nos próximos 20 anos. A elevação das águas e os frios intensos com temperaturas abaixo de zero são resultado de um desequilíbrio no clima. “A gente se baseia na tendência mundial do resfriamento, baseado nas emissões de radiação do sol, na perda de energia dos oceanos e com tudo isso nós desenvolvemos aqui um método próprio, um modelo próprio de previsão. Não dependemos de nenhum centro especializado, até porque não existe nenhum centro especializado aqui para o Acre. E nós desenvolvemos quase que exatamente o nível que o rio Acre vai atingir nesses próximos 20 anos, com base no nível de chuva que vai cair.
ac24horas – E como é feito esse cálculo?
Friale – A quantidade de chuvas que cai na bacia do rio Acre e seus afluentes, evidentemente. Baseado na quantidade de chuvas que caíram. E o tempo de demora para chegar até aqui em Rio Branco e levando em consideração a dispersão pelos igarapés. Baseado no estudo minucioso do relevo, da velocidade da água do rio, das chuvas que caíram, a gente consegue fazer quase que exata a posição do nível que o rio vai chegar, que vai ser próximo às escadarias do Palácio.
A visão política de Friale e sua vida pessoal
Davi Friale é filiado ao PSDB. Nas eleições passada chegou ensaiar uma candidatura a deputado estadual, mas desistiu. Embora seja de um partido contrário ao PT, faz críticas à oposição.
Tem opiniões sobre aborto, a liberação da maconha, o casamento gay e Deus. Divorciado, Friale sonha em construir uma família, mas diz que ainda não tem pretendente.
ac24horas – Qual a sua opinião sobre o governo de Sebastião Viana?
Friale – Embora ele tenha boa vontade. Ele não tá assim bem assessorado, digamos assim. De um modo geral eu considero o governo dele regular. Mas veja bem, eu não estou criticando a pessoa do governador. O que eu quero dizer é que seu eu fosse governador no lugar dele, eu não teria o mesmo estilo dele. Mas entre o Jorge, Binho e o Tião Viana, eu tenho mais simpatia pelo Jorge Viana. O Jorge Viana era mais firme nas suas decisões.
ac24horas – Qual é o ponto mais falho do atual governo?
Friale – As infraestruturas de rodovias como a BR-364, na Educação e na Segurança.
ac24horas – E a administração Marcus Viana como você avalia?
Friale – a administração municipal eu a considero boa. O prefeito está trabalhando. Ele não é perfeito, mas é um bom prefeito.
ac24horas – Você é filiado ao PSDB e chegou a ser cogitado como candidato nas últimas eleições. Por que não se candidatou?
Friale – Sim, sou filiado ao PSDB. Não sai para ser candidato por causa do meu site. É do meu site que eu vivo. Dos anúncios no site. Por isso eu não me candidatei.
ac24horas – E já tinha um slogan pronto?
Friale – Não perca tempo, vote no homem do tempo. Essa seria a frase da minha campanha.
ac24horas – Sobre a oposição do Acre ao atual governo, qual a sua opinião?
Friale – Tenho ressalvas. A oposição precisa sim se unir. Tem que se unir para ter uma idéia só e não fazer toda essa dispersão. A oposição precisa ter posições mais enérgicas em relação a determinados assuntos que se relacionam a condução da Saúde, da Educação e da Segurança.
ac24horas – Você tem religião?
Friale – Sim, sou evangélico e congrego na Batista do Bosque.
ac24horas – Tem algum ídolo?
Friale – Só Deus.
ac24horas – O que é Deus para você?
Friale – É o máximo. É o criador de tudo. É ele quem me dá toda sabedoria e pra quem eu peço todos os dias a orientação para fazer a previsões do tempo corretamente. Porque além do meu conhecimento que é humano sem ele eu não seria absolutamente nada. Devo a Deus em primeiro lugar.
ac24horas – Qual a sua opinião sobre o casamento gay?
Friale– Eu respeito quem é gay ou lésbica embora não aprove a homossexualidade. Eu não aprovo, mas respeito quem é e tenho amigos que são homossexuais
ac24horas – É a favor ou contra a liberação da maconha?
Friale – Sou totalmente contra porque você vai simplesmente liberar o uso dela mesmo que seja restrito em determinadas áreas ou espaço.
ac24horas – Já usou drogas
Friale – Não, nunca usei drogas!
ac24horas – Aborto?
Friale – Totalmente contra. Porque se eu creio em Deus somente ele tem o poder de tirar uma vida. Porque a partir do momento em que duas células se unem surge ali uma vida e eu não tenho mais nenhum poder sobre ela.
ac24horas – Além do seu site o Tempo Aqui você sua alguma outra ferramenta como informativo? Facebook, Twitter…
Friale – Não, não tenho Facebook e nem Twitter. Eu tinha uma página no Facebook, mas desativei ela. Parece que tem uns fakes aí com o meu nome. Não sou. No Twitter fizeram até umas críticas duras ao governo em meu nome, mas não sou eu. Desativei e tenho apenas o meu site.
ac24horas – É casado tem filhos?
Friale – Não, sou divorciado. E não tenho filho. Tenho vontade.
ac24horas – Mas já tem pretendente…
Friale – Não, ainda não. Quando eu tiver vocês vão ficar sabendo em primeira mão (risos).
Friale e o lado popstar
Do apartamento de Friale, no bairro Cidade Nova, até o Palácio da Justiça, ele caminha cerca de 20 minutos. São passos rápidos. Em dias de sol, o meteorologista costuma colocar um caderno com anotações na cabeça para se proteger do calor. Um hábito.
No percurso, o meteorologista é parado por várias pessoas. Alguns perguntam sobre a previsão do tempo, outros o questionam ou o elogiam e há até quem pare Friale para pedir autógrafo ou para posar para foto ao lado dele.
Enquanto caminhava pelas ruas com Friale, a reportagem de ac24horas testemunhou a fama do meteorologista, que é reconhecido por onde passa. Logo ele encontra o professor Fagner, colega do curso Aprovação, onde Friale dá aula vezes na semana. “Esse eu respeito”, diz o professor, que posa na foto ao lado de Friale.
Perguntado se pode ser considerado um andarilho, o meteorologista responde: “Eu andarilho? Nunca! Essas caminhadas que eu faço no centro seria o tempo que poderia gastar na academia. Minha academia é caminhar pelo centro”.
Antes de se despedir da reportagem, Friale faz sua última previsão em tom de brincadeira: “vai chover de acessos nessa matéria”. E volta para a Biblioteca do Museu do Palácio da Justiça.
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