Mesmo após a “proibição” de envio de imigrantes haitianos, senegalês e outros que saiam do Acre com destinos as grandes metrópoles brasileiras, os imigrantes continuam chegando à capital paulista por meios próprios, informou o padre Paolo Parisi, da Paróquia Nossa Senhora da Paz, no Glicério, que abriga imigrantes e refugiados. As informações são da Agência Brasil.
Na semana passada, o governo federal suspendeu o transporte de imigrantes haitianos do Acre para São Paulo até que um novo esquema de deslocamento fosse estabelecido. “Mesmo assim, têm chegado de dez a 12 haitianos por dia na paróquia”, disse o padre.
“Na última sexta-feira chegaram os últimos ônibus fretados do Acre [com 30 haitianos]. A partir daí começou um novo processo. Sábado, domingo, segunda e terça desta semana começaram a chegar pessoas pagando a passagem com o próprio dinheiro. Perguntei quanto elas gastaram e elas me responderam que em torno de R$ 350, que é o valor da passagem. E elas me disseram que alguém do Haiti mandou o dinheiro, porque elas não queriam esperar, era urgente encontrar o trabalho”, disse o padre.
Segundo ele, a paróquia abriga atualmente 83 haitianos. “Esta foi a primeira noite em que o número de haitianos desceu abaixo dos 100 [pessoas]. Mas, isso, graças também às 46 contratações de ontem [por empresas e também pessoas físicas]. Já na Casa do Migrante, dos 110 imigrantes acolhidos, 40 são haitianos.”
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