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Pinga fogo em vídeo sobre a CPI da BR-364 entre Gonzaga e Zen

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Mais um capitulo da novela da CPI da BR 364, nesta terça, 19, na ALEAC. Com a assinatura do deputado Jairo Carvalho (PSD) a oposição conseguiu as oito assinaturas do requerimento para levar ao plenário a proposta de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Como prometido pela base governista, agora, vencida as questões relacionadas ao Regimento Interno, o líder Daniel Zen (PT) promete votar pela instauração da CPI. Por outro lado, o deputado Luiz Gonzaga (PSDB) conseguiu uma vitória ao concretizar o seu pedido de investigação dos gastos bilionários de recursos públicos da BR 364.


Acompanhe o pinga-fogo entre os dois em vídeo.

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O alvo dos governistas
Instaurada a CPI da BR 364 os deputados da base tentarão implicar governos anteriores aos do PT. Um sintoma de que realmente pode ter havido “problemas” na alocação de verbas nos 17 anos de gestões da FPA em relação ao trecho Sena Madureira a Cruzeiro do Sul.


A culpa é dos outros
Senti pelas falas de alguns deputados o desejo de jogar no redemoinho os ex-governadores Orleir Cameli e Flaviano Melo (PMDB). Um detalhe, Orleir construiu os seus trechos a um preço muito menor que os atuais. Flaviano não usou recursos do Estado para construir a estrada entre Porto Velho e Rio Branco.


Quem administra se responsabiliza
Mais uma questão importante. Durante a construção do trecho entre Porto Velho e Rio Branco não teve dinheiro do Acre envolvido. A administração foi do Governo Federal. Flaviano Melo não teve envolvimento direto na gestão de recursos.


Mudança de foco
Outra tendência que notei entre os governistas é culpar as construtoras de eventuais problemas que possam emergir durante a CPI. Mas afinal, quem era ordenador de despesa? As gestões ou os empresários que foram contratados?


Fiscalização necessária
O fato é que a construção de uma estrada num lugar tão distante na Amazônia Ocidental passou desapercebida para o resto do Brasil. Talvez as fiscalizações do emprego de recursos públicos não tenham sido rigorosas como deveriam. Mas isso, só a CPI, se empenhar-se, poderá revelar.


Cheiro de pizza no ar
Mas também pode acontecer da CPI da BR 364 acabar por emprestar um ar de “legalidade” a tudo que foi feito. Interesses maiores contaminarem tantos os governistas quanto parte da própria oposição e uma grande pizza ser servida aos espectadores da CPI.


Deixe que os mortos enterrem seus mortos
Ao retroceder as investigações aos primeiros movimentos da sua construção os governos da FPA que receberam as maiores verbas ganharão tempo. A base governista poderá ter a presidência e a relatoria da CPI. Não sei para onde exatamente caminhará essa CPI.


O X da questão
Se a BR 364 entre Sena e Cruzeiro estivesse totalmente transitável essa CPI jamais teria sido ventilada. O problema é saber o por quê foram gastos quase R$ 2 bilhões e a estrada continua se parecendo com um ramal rural.


Festa tucana
Os tucanos preparam uma festa para receber o “sim” do ex-deputado federal Henrique Afonso no PSDB. O evento será em Cruzeiro do Sul. Uma estratégia que antecipa o clima de uma possível candidatura de Henrique à prefeitura do município.

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“Queimados” antes do tempo
Nesse possível racha na oposição para a disputa da prefeitura de Cruzeiro do Sul a FPA poderia estar comemorando. Mas não está porque ainda não tem nomes fortes à disputa. O ex-vereador Zequinha Lima (PC do B) e o professor Marcelo Siqueira (PT) poderiam estar “felizes” se tivesse havido investimento político nos seus potenciais. Mas não houve.


Oposição versus oposição
No atual quadro, por enquanto, tudo indica uma disputa ferrenha entre o candidato que for escolhido pelo prefeito Vagner Sales (PMDB) e Henrique. A não ser que a FPA tire um coelho da cartola e apresente alguém mais forte que os nomes apresentados até agora.


A sonolência das sessões comemorativas
Não sei se isso é feito para abafar os debates da tribuna da ALEAC. Mas essas sessões solenes são um tiro na dinâmica política da Casa. O deputado estadual Nelson Sales (PV) já pediu a mudança dessas sessões para segunda e sexta.


A evolução política do Acre
Apesar do tiroteio normal entre situação e oposição a democracia prevalece no Estado. Não há nenhum motivo para reclamação. Vivemos um momento democrático em que as forças políticas buscam se organizar para disputarem as próximas eleições. Não há censura, mas autocensura de alguns meios de comunicação. O debate acontece em todos os campos de batalhas, inclusive, nas Casas Legislativas. Quem souber fazer planejamento e se preparar levará a melhor em 2016. E quem ficar reclamando e se sentindo “perseguido” se prepare para a derrota. A democracia é assim mesmo. Cada dia com a sua agonia e cada um que trate de percorrer o seu caminho com otimismo e, sobretudo, propostas.


As opiniões expressadas em Colunas e Blogs não refletem necessariamente a opinião do Jornal. Todo conteúdo é de inteira responsabilidade de seus autores. Este conteúdo é publicado e autenticado diretamente Nelson Liano Jr. Para falar com Nelson Liano Jr. Use o e-mail : nelsonliano@hotmail.com 

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