Daniel Zen: “numa CPI, nenhum governo da oposição será poupado.”
O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Daniel Zen (PT), alerta que a oposição não está avaliando a dimensão do que será uma CPI da BR-364. “Nenhum governo da oposição será poupado, os diretores do DERACRE da época, empresários que trabalharam na obra, serão intimados a depor. Está enganado quem pensar que, esta CPI será restrita aos governos do PT”, disparou Zen, e avisando que, se a proposta for apresentada e tiver dentro da legalidade a própria base do governo poderá assinar. Para Zen, a oposição deu um tiro no pé.
Admissibilidade jurídica
Com oito assinaturas, a “CPI da BR-364” deu entrada ontem. A matéria vai agora para a Comissão de Constituição de Justiça onde será analisada a sua admissibilidade jurídica, se é ou não constitucional. Pode a Assembléia Legislativa investigar a aplicação de verbas federais, que cabe ao TCU e ao Ministério Público Federal?. É a pergunta que faz o líder do governo, deputado Daniel Zen (PT).
Brincando de CPI
Encontro o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, advogado José Eugênio Leão Braga, o “Macapá”, que me pergunta se os deputados de oposição estão brincando de fazer CPI. E acrescenta: “a Assembléia Legislativa não é competente para investigar a aplicação de verbas federais no Acre. Será que os deputados não sabem disso”? E a pergunta que deixou antes de se despedir.
É muita ingenuidade política do gonzaguinha
O deputado Daniel Zen (PT) faz uma leitura real do que poderá ser esta CPI. Quem vai dar o tom da CPI será a base do governo, que por ter ampla maioria indicará o presidente e o relator da CPI. Ou alguém acha que a FPA vai abrir um destes dois cargos para ser ocupado por algum deputado da oposição? Os dois cargos serão ocupados por parlamentares governistas. É muita ingenuidade política o deputado Luiz Gonzaga (PSDB) pensar que poderia montar uma CPI para chamar de sua.
Pergunte ao Gonzaga
Fui parado ontem na Aleac por um deputado da base do governo, que me chamou a um canto e perguntou: “Luis Carlos, o deputado Luiz Gonzaga tem raiva, alguma mágoa da família Cameli?”. Disse que não sabia responder. E retrucou: “O Gonzaga só pode ter algum problema com os Camelis, para tirar o empresário Eládio Cameli dos seus muitos afazeres em Manaus e o Linker Cameli do seu trabalho no Juruá para virem depor na CPI, virarem manchetes na imprensa regional e amazonense, serem sabatinados sob os holofotes da imprensa, numa exposição negativa para as suas imagens”. Sugeri que perguntasse ao próprio Gonzaga
Pau que bate em chico
Acompanhei várias CPIs. Quando se trata de confronto tudo pode acontecer. Ninguém descarte se no curso dos depoimentos for decretada a prisão de alguns dos empresários depoentes, como troco político, mesmo que horas depois o detido consiga um Habeas-Corpus, naquela de que o pau que bate em Chico, também bate em Francisco. Tudo pode acontecer numa CPI. Não descartem nada. Pelas informações privilegiadas que tenho nada é descartado.
Não será uma tarefa fácil
Fosse a escolha em outro momento político, não haveria problema. Mas, no atual momento de crise será muito conflituoso o PT tentar indicar o vice na chapa do prefeito Marcus Alexandre para a disputa eleitoral do próximo ano. Para ocorrer terá que ser num parto demorado, que precisa a ser costurado com muita cautela e conversa com os aliados.
Ao armando o que é do armando
O governador Tião Viana foi muito sensato e político ao manter o secretário de Saúde, Armando Melo, porque eram muitos os protestos contra a sua saída, no seio dos servidores da Saúde, na classe política, com os quais o atual secretário mantém uma relação aberta, democrática e afinada. Ao Armando o que é do Armando. Quando o administrador recua de uma decisão para acertar, mostra acima de tudo sabedoria administrativa. Ponto para o Tião. E não se muda o que está dando certo.
Dá visibilidade
A deputada Eliane Sinhazique (PMDB) não resolve absolutamente nada colocando seu gabinete com uma mesa na rua. Escuta e fica por isso mesmo. Até porque não tem poder de decisão. Mas dá uma maior visibilidade ao seu mandato. E ao político isso é que importa.
O jogo bicho e a política
No Jogo do Bicho vale o escrito. Na política a palavra dada. Mas, no segundo caso, nem sempre acontece. É o caso do ex-prefeito Nilson Areal, que criticou o deputado Nelson Sales (PV) por ter colocado a assinatura na CPI da BR-364, retirado, e atribuiu a sua vinda para a base do governo para conseguir vantagens, e a órgão de comunicação de Sena Madureira (não se sabe o motivo, temor talvez, porque Nelson foi seu secretário de Saúde) diz que não fez a crítica. Exatamente por isso que Areal é conhecido por não ter a palavra como seu forte.
Saudades do Padeirinho
O ex-prefeito do Bujari, Padeirinho (PSB), sempre foi um político grosseiro no trato com terceiros, um xucro no sentido exato da palavra, mas era trabalhador. Por ter sido um gestor austero e realizador é que o Padeirinho (PSB) aparece como favorito para vencer a disputa pela prefeitura do município no próximo ano. Também, ganhar eleição do prefeito Tonheiro (PT), altamente desgastado, não é para contar vantagem tal é a sua fragilidade política.
Acrelândia não é novidade
Acrelândia aparecer com nota zero no portal da transparência da Controladoria Geral da União – CGU, não é novidade com o prefeito que tem. Jonas da Farmácia faz uma gestão fraca, atrapalhada e cheia de problemas jurídicos. A novidade é o aparecimento de Feijó, já que o prefeito Merla Albuquerque recuperou as finanças do município. Mas esqueceu de dar transparência. Os tempos são outros, mas tem gestor que não entende.
Nada contra, mas o parlamento é para debates
Os Defensores Públicos são figuras essenciais para não deixar a camada mais humilde da população sem defesa jurídica. Mas, parar a sessão da Aleac para ouvir discursos redundantes, desvirtua o papel do Parlamento, porque breca os debates da Casa. O Projeto de Resolução do deputado Nelson Sales (PV), que proíbe sessões solenes em dias de sessões ordinárias, deveria ser colocado o mais rápido possível em votação. Ou daqui um dia vão acabar os debates na Aleac. E isso não é bom para a democracia.
Colocação justa
A deputada Eliane Sinhazique (PMDB) fez ontem um questionamento justo ao perguntar por qual motivo as famílias que foram retiradas do barranco da EMBRATEL, que tiveram suas casas demolidas por estarem em área de risco, não ganharam uma residência na Cidade do Povo, já que estão na cota dos prioritários. Não cabem mais explicações, desculpas, até porque não vão viver eternamente do chamado aluguel social, que nem sempre é liberado no dia aprazado. Não é isso, meu caro secretário de Habitação, Jamil Asfury?.
Melhor ter ficado calado
Quando não se tem explicação convincente para um ato melhor é ficar calado. Foi o caso do deputado Jairo Carvalho (PSD), ao justificar ontem na tribuna da Aleac, por qual motivo resolveu assinar a CPI da BR-364, que prometeu que não assinaria por ninguém mandar no seu mandato. O senador Sérgio Petecão (PSD) mostrou que manda. E a emenda do Jairo saiu pior do que o soneto