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Estudar o Ensino Superior é fator determinante para a ascensão no mercado de trabalho

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diplomaO estudo não apenas traz melhores salários, mas também, qualidade de vida. Quem não sonha em ter um bom emprego ou possuir um bom carro? Aliás, há aqueles que preferem as boas motocicletas, ou uma casa confortável para relaxar ao lado da família, ou mesmo sozinho. Enfim, nada disso vem gratuitamente, muito pelo contrário, atualmente é necessário ter nível superior para conquistar um bom espaço no mercado de trabalho.


Uma pesquisa da Universidade Estácio de Sá, realizada com ex-alunos de mais de 100 cursos em todo o país, e divulgada em abril deste ano, ajuda a verificar isso na prática: quem mais estuda, se dá melhor na hora de conseguir um bom emprego e, por consequência, os melhores salários.


Ao contrário da realidade de antigamente, quando havia muitos profissionais para poucas vagas, hoje o mercado de trabalho está tendo muitas vagas, porém poucos profissionais preparados perante as exigências das empresas.

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O profissional que não tem uma qualificação demora mais para realizar as suas tarefas. Isso, na análise de especialistas, leva tempo e dinheiro. Esse é uns dos motivos que leva a tanta exigência.


Já passou o tempo em que até para ser auxiliar de serviços gerais, era necessário ter apenas o Ensino Fundamental. Hoje é necessário ter o Ensino Médio. Imaginem, então, quais seriam as exigências para outros cargos?


A pressa da geração atual em querer conseguir entrar no mercado e conquistar cargos cada vez mais elevados e, na maioria das vezes, sem possuir credencial para isso, faz com que muitos apenas concluam a faculdade, sem possuírem cursos de qualificação, experiência profissional sólida, cursos de idiomas enfim, querem tudo para hoje e não fazem por onde, também são fatores que influenciam esta falta de qualificados.


A qualificação profissional nos dias atuais é um diferencial fundamental no momento de buscar e se candidatar a uma oportunidade de trabalho, e quando falamos em qualificação, falamos em conhecimento. Em outras palavras, é aquele profissional que saberá o que fazer dentro da empresa, ou seja, deve chegar pronto e preparado para atuar diretamente na função para que foi contratado.


E uma desculpa muito comum quando o assunto é qualificação, é a falta de tempo para estudar. Contudo, essa justificativa tem caído por terra há algum tempo, uma vez que com a facilidade da internet, é possível realizar diversos cursos, sem sair de casa, estudando na hora e quando você quiser, ou seja, se você administrar e gerenciar melhor seu tempo é possível fazer com que sobre, digamos, 30 minutos por dia para se dedicar a um curso online, por exemplo.


Cursos técnicos, novos idiomas, cursos de aperfeiçoamento e de qualificação hoje são imprescindíveis para aqueles que almejam sucesso profissional. Isto porque, mesclado a isso as empresas estão cada vez mais exigentes e buscam profissionais que possam efetivamente fazer a diferença naquilo que fazem, mostrando além da qualificação, comprometimento, espírito de equipe e de liderança, capacidade de inovar e empreender e ambição, ou seja, ser e fazer a diferença. Este tem sido o perfil mais procurado pelas grandes empresas.


O chamado gargalo do emprego está na ausência de profissionais especializados de nível superior, como engenheiros, e de trabalhadores com formação específica, para os quais a demanda pode ser atendida com a promoção de cursos de pequena duração, sem exigência de alto nível de escolaridade.


Ter conteúdo intelectual, não é ser careta, fora de moda. Nos dias de hoje, conteúdo, e conhecimento são fatores que nos ajudam a ganhar o pão de cada dia.


Cabe assim, aos profissionais de forma geral buscarem se qualificar e terem seu diferencial competitivo, ficando ainda de olho nas novas tendências do mercado e se antecipando para que possam, desta forma, terem chances reais de conquistarem o tão almejado emprego dos sonhos e ainda mais importante poderem continuar no emprego, isto porque o processo de qualificação e o desenvolvimento devem ser contínuos.


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Professor universitário Simon Franco Queiroz

Para o professor universitário Simon Franco Queiroz, pós-graduado em Administração com ênfase em Marketing e Administração em Negócios e Finanças Contábeis, pela Escola Superior Aberta do Brasil (ESAB), com o passar do tempo, houve valorização da qualificação superior, fator predominante nos países desenvolvidos e essencial aos emergentes, como é o caso do Brasil.


“Hoje, quem não tem nível superior, quase sempre desenvolve as mesmas ações de quem tem uma graduação. Às vezes a experiência dá esse suporte. E o que acontece? Quase sempre, esse profissional, que às vezes tem apenas o nível médio, ganha menos que o profissional de nível superior, mesmo fazendo a mesma coisa que faria um graduado. Então é só a gente analisar o quão importante é, atualmente, se qualificar mais e mais”, analisa Simon.


O especialista acredita que, em média, 30% dos profissionais que saem da academia, já estão dentro do mercado de trabalho. O restante acaba tendo de procurar oportunidades que não conseguiu quando era acadêmico. “A maioria dos alunos já conseguem um emprego melhor quando estão estudando. Mesmo sem a qualificação completa, você já sabe fazer o serviço, então, cursando, se melhorar o desempenho, o patrão já pode dar melhorias, e a gente observa muito esses casos”, comenta.


Simon acredita que a experiência e a vontade do profissional em aprender acabam causando melhores resultados na hora de participar de um teste ou pleitear uma melhor posição no local de trabalho, seja numa instituição pública ou privada.

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Dados do Ministério da Educação (MEC) do Brasil mostram que na última década, o número de instituições de ensino superior cresceu 30% em todo o Brasil, mas, principalmente, na rede pública. Enquanto a quantidade de novas universidades, centros universitários ou faculdades particulares subiu 27,8% no período, a de instituições públicas de ensino superior cresceu 46,8%. Mas foi fora das capitais que o número de instituições cresceu mais: a expansão de instituições foi de 58,7% em dez anos.


Os números mostram que os profissionais, mesmo no interior dos estados, estão querendo ainda mais de profissionalizar e obter qualificação para a conquista de melhores salários ou cargos. Como consequência da alta demanda, novos centros de estudos de graduação superior ou tecnológicas, estão interiorizando ofertas de cursos.


As ações do governo federal para expandir a oferta de vagas nas universidades federais começaram em 2003 e foram oficializadas em 2007, com a instituição do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Desde então, o número de universidades federais, por exemplo, subiu de 45 para 59, privilegiando as regiões interioranas dos estados.


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Andrea cuida hoje da vida acadêmica de quase 2,5 mil estudantes de nível superior.

A diretora acadêmica de uma faculdade privada de Rio Branco, Andrea Gastalde Del Borgo, mestra em Engenharia de Produção, cuida hoje da vida acadêmica de quase 2,5 mil estudantes de nível superior. A professora explica que o período noturno é, geralmente, o mais escolhido, por conta da maior comodidade quando a proposta é estudar e trabalhar sem que um atrapalhe o outro.


Sobre o levantamento da Universidade Estácio de Sá, Andrea afirma que “a cada dia isso vai aumentar mais. Por quê? Porque nós estamos vivendo numa sociedade cada vez mais seletiva com seus funcionários, então isso tende a aumentar: as pessoas procurando a faculdade para ter uma renda melhor”, comenta.


Segundo a professora, “a maioria dos estudantes já fazem parte do mercado de trabalho. Um dos cursos em que um acadêmico já sai empregado, quase sempre, é o curso de Ciências Contábeis, por exemplo”. Ela ainda diz que “os bons alunos não saem” da faculdade “sem emprego”, pois os próprios professores auxiliam os alunos no quesito “trabalho”.


Andrea destaca também que muitas empresas procuram a instituição em busca de novos profissionais. Segundo ela, os próprios professores acabam fazendo a indicação dos melhores acadêmicos, colocando-os no mercado. Por vez, comentou Andrea, muitos professores, que também são empresários, findam contratando estudantes.


E se mudar de nível de escolaridade trás melhores condições de vida, Rafaela Fernandes, acadêmica de Enfermagem, é exemplo de quem tomou a decisão de sair do curso técnico para uma graduação de nível superior. A jovem chegou a cursar Administração, mas não gostou do curso e resolveu partir para a área da saúde. A busca por uma vida melhor e mais ascensão no mercado fizeram com que ela tomasse a decisão.


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Rafaela é exemplo de quem tomou a decisão de sair do curso técnico para uma graduação de nível superior

“Dizem que eu estou com um brilho diferente nos olhos. Eu acredito que sim! Deve ser porque estou feliz com minha vida acadêmica; deve ser porque agora eu acredito também em mim, eu acredito muito que eu sou capaz e que vou conseguir forma e ter uma condição melhor de vida”, comenta a estudante.


Questionada se a questão financeira impactou consideravelmente na decisão de não apenas ficar no técnico, Rafaela é taxativa e diz que “esse foi meu maior motivo. As coisas vão mudando, e a gente precisa acompanhar. Só um curso técnico é bom, mas fazer uma faculdade é melhor ainda. Preciso de qualidade de vida, e qualidade de vida só vem com um melhor emprego, mais condições de trabalho e, claro, com o esforço”, destaca ao dizer que não se arrepende de ter tomado tal decisão.


Mas, o problema não está nisso. Os profissionais estão saindo da faculdade, mas nem todos conseguem se manter no mercado de trabalho. Em média, segundo institutos ligados ao Comércio, 69% das empresas têm dificuldade para encontrar profissionais qualificados. Nem sempre o formando deixa a universidade dominando a área em que pleiteia uma vaga.


Economistas dizem que se for comparar o Brasil com uma indústria, é como se máquinas estivessem à espera de alguém que saiba usá-las para multiplicar a produção. E se os universitários não preenchem as vagas é por falta de qualidade no ensino superior.


Para resolver a situação, o Ministério da Educação reforçou o controle de qualidade com a criação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), mas a realidade é que os resultados ainda estão distantes do que se esperava.


Durante entrevista, ambos os entrevistados falaram acerca da competência do estudante. A diretora acadêmica chegou a afirmar que “os melhores sempre são os primeiros a serem indicados, estão, quem chega primeiro em busca de novos profissionais bons, sempre vai pegar os melhores estudantes, que serão certamente os melhores funcionários”, afirmou.


Já Simon, durante a entrevista, classificou o “esforço” e a “dedicação” como os fatores predominantes na hora de uma indicação para o mercado de trabalho. O especialista acredita que o “diferencial na escolha vem do conhecimento adquirido e praticado” pelo aluno e futuro profissional de uma determinada área.


Mas, de tudo que foi dito, a palavra que resume todo o contexto acadêmico-profissional é a “competitividade”. É ela quem faz da formação superior um fator essencial para a ascensão profissional. E isso foi comprovado pelo relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), responsável por apontar que os trabalhadores com diploma universitário possuem, em média, salário 2,5 vezes maior do que aqueles que só possuem nível médio.


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