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Com risco de morte, paciente volta a denunciar falta de insulina

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João Renato Jácome

Mais um exemplo de falha no serviço público de saúde do Acre. Está faltando insulina no Centro de Referência de Medicamentos Especializados (Creme), que fica em Rio Branco (AC). O órgão é mantido pelo governo do estado, através da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). O problema, que persiste em continuar, já se repete pela quarta vez apenas nesse ano. Sem o medicamento, diabéticos podem entrar em coma e até morrer.


A redundante falha já foi denunciada por uma jovem, através de redes sociais. Na época, centenas de curtidas e compartilhamentos às declarações chamaram a atenção do ac24horas que, de pronto, procurou informações junto à Sesacre. Três dias após a denúncia, o problema foi resolvido e o medicamento entregue aos usuários.


Contudo, em menos de um mês, o problema voltou a se repetir. Helen Lima, de 17 anos, procurou o portal novamente para denunciar o caso. Segundo ela, “há dois ou mais meses tem faltado [os medicamentos] no Creme, não somente esses, mas outros medicamentos controlados também. Quem tem condições comprar em drogarias, que aqui em Rio Branco somente dois estabelecimentos vendem, e nem sempre tem, sai em media, para mim, aproximadamente mil reais mensais”, comenta a jovem.


Levantamento do ac24horas mostra que a vantagem destas insulinas de longa duração [como as utilizadas por Helen] é que elas são capazes de manter a glicemia em valores adequados por muito mais tempo do que uma insulina normal. A “detemir” e a “glargina”, por exemplo, têm uma duração total de 20 a 26 horas – uma das mais altas no mercado – e isto permite que um diabético tenha de injetá-las apenas uma vez ao dia.


A manutenção da glicemia em valores ideais traz uma série de benefícios à saúde do paciente diabético e evita boa parte das complicações da doença, incluindo episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia, que são mais comuns com o uso de outras insulinas.


A reportagem, após ouvir a jovem, também procurou contato com empresas que comercializam o produto. Em nenhuma das drogarias contatadas foi encontrada a insulina do gênero distribuído pelo governo.


O fato ficou ainda mais grave quando chegou ao portal a informação de que nem mesmo o Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), que fica no Bairro Bosque, possui o produto em estoque. A informação foi confirmada pela Sesacre na manhã deste domingo, dia 26 de abril.


Procurada, a Sesacre alegou que iria fazer contato com a usuária para resolver o problema. A reportagem repassou as informações que constam no receituário médico da diabética.


Atualização, às 13h21. A jovem fez contato com o portal novamente e informou que já teriam sido entregues os medicamentos solicitados pelo ac24horas.


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João Renato Jácome

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