Morando em uma propriedade de 92 hectares, o produto possui um rebanho de 70 vacas, que lhes dá uma renda mensal de R$ 1.500. Ele cogita a possibilidade mudar de atividade, pois fez um empréstimo no Banco da Amazônia (Basa). “Primeiro eles 9governo] estimularam a pecuária leiteira que não precisa desmatar. Depois melhoram o ramal, dão financiamento e trazem um tanque pra cá. Esse problema é tão pequeno”, questiona Arualdo, dizendo que já perdeu o produto inúmeras vezes.
A reportagem procurou a direção da Eletrobrás Distribuição em Rio Branco. O gerente de serviços da empresa, Danilo Klein, disse que o problema é causado pelos próprios moradores. Segundo ele, não é a ausência de chaves de proteção. “Toda vez que acontece um problema, o dispositivo é acionado normalmente. Aí acontece o seguinte: as pessoas vão até lá com um artefato caseiro, apelidado de ‘peia’, e religam a energia. Dessa forma, os técnicos não sabem o exato local do problema”, explicou Klein.
Além dificultar o trabalho dos técnicos, as “gambiarras”, feitas com arames ou correntes de motocicletas, colocam em risco a vida dos moradores. “Eles não sabem o risco a que estão submetidos”, alertou o gerente, anunciando que a empresa iniciará uma campanha educativa nos meios de comunicação. “Iremos também pessoalmente às comunidades”, acrescentou ele.