Sempre criticam o meteorologista Davi Friale por suas previsões. Mas a realidade é que ele acerta na maioria das vezes. Assim a fraca frente fria que chegou às terras acreanas parece que afetou também a política do Estado quase sempre muito aquecida. Assisti à sessão da ALEAC desta quarta, 22. Nada de importante aconteceu que pudesse mudar os rumos das coisas por aqui. Nenhuma revelação importante, nenhum pronunciamento bombástico. Acho que a frente fria e o feriado prolongado tiraram o ânimo dos nossos parlamentares. Só um pouco das especulações de bastidores sobre as próximas eleições municipais e nada demais. Para completar a semana fraca na política acreana, na quinta, 23, terá na ALEAC, uma sessão solene em homenagem aos índios, indicada pelo Dr. Jenilson (PC do B). Uma semana ótima para os colunistas políticos que quisessem tirar férias.
Municípios em debate
O deputado estadual Gehlen Diniz (PP) denunciou as péssimas condições de Sena Madureira. Problemas de ruas esburacadas, segurança pública, saúde, etc. Um aparelho de raio x que coloca em risco a vida dos usuários. E uma tragédia urbana em Sena que tem sido amplamente divulgada.
Jordão, o município modelo
Os deputados Dr. Jenilson e Eliane Sinhasique (PMDB) debateram a situação do Jordão. Novamente uma série de problemas no município que deveria servir de modelo para as gestões da FPA. Jenilson falando dos avanços e Sinhasique denunciando a falta de estrutura, o que é normal entre situação e oposição.
A discórdia das chapas puro sangue
Enquanto isso, uma fonte do PC do B, me revelou que o PT está muito seguro de que terá vitórias em quase todos os municípios acreanos. Tanto que prepara chapas puro sangue, PT com PT, em vários lugares do Estado. Aos aliados da FPA restam alguns cargos e o silêncio.
Só observando
Conversei com o ex-prefeito de Marechal Thaumaturgo, Itamar de Sá (PT), coordenador do Governo no Juruá. Não é o sonho dourado dele ser candidato à prefeitura de Cruzeiro do Sul. Mas também não descarta a hipótese se for chamado à missão.
Construção
Itamar me disse que o momento no município é de fortalecimento partidário. Ele acha que as ações governamentais devem ser intensificadas em Cruzeiro do Sul para criar um quadro favorável à FPA, em 2016. Querem contrapor com as realizações da atual gestão municipal.
Todos no jogo
Itamar também confirma que os pré-candidatos à prefeitura são o jovem empresário Marquinhos, filho do Donário, o professor universitário Marcelo Siqueira (PT) e ele próprio. Mas podem surgir outros nomes. Quanto ao deputado federal César Messias (PSB) existe uma incógnita. Teria que ser convencido à missão.
Adversários segundo os adversários
A FPA acredita que o candidato do atual prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), será mesmo o advogado Jonathan Donadoni (PMDB). Mas a candidatura mais temida pela FPA ainda é do ex-deputado federal Ilderlei Cordeiro (PR). O vereador Romário Tavares (PSDB) terá que lutar para ser vice de alguém. Ainda assim se o seu partido permitir.
Quem pode voltar
O ex-deputado federal Henrique Afonso, que ainda não decidiu para que partido vai migrar, não pode ser descartado. Em qualquer eleição em Cruzeiro do Sul, Henrique tem uma quantidade de votos consideráveis em torno de 25 a 30%. Se houver muitas candidaturas, na minha opinião, poderá ser favorito.
Equação forte
Se os dois ex-deputados Ilderlei e Henrique se unirem ficam fortes. Ele têm em comum o fato de terem se convertido ao evangelismo. Possuem memórias eleitorais e serviços prestados na região. Poderiam desafiar o poderio dos caciques de Cruzeiro do Sul.
Agressividade garantida
Uma coisa tenho certeza, a próxima eleição em Cruzeiro do Sul será bastante agressiva. Lá não existe mais meio termo. Têm aqueles que são fiéis ao prefeito Vagner Sales e os outros ligados ao governador Tião Viana (PT). No clima que se respira atualmente no município da cintura pra baixo tudo estará valendo.
O encanto da reeleição
Conversei também com o prefeito de Marechal Thaumaturgo, Aldemir Lopes (PT). Mesmo com todos os problemas que enfrenta na gestão será candidato à reeleição. Ele me disse que ainda não estão claros os possíveis concorrentes da oposição.
A hora da volta do Bem Amado
Gehlen Diniz alega que em Sena Madureira o cemitério não tem mais lugar para sepultar ninguém. Quem sabe alguém se disponha a adotar a plataforma do personagem de Dias Gomes, Odorico Paraguaçu, que criou e inaugurou ele mesmo o cemitério de Sucupira.
Não descartem
O ex-deputado estadual Mazinho Serafim (PMDB) é um batalhador. As gestões da FPA abandonaram o extrativismo. Mas Mazinho tem uma próspera usina de beneficiamento de castanha em Sena. Se for candidato a prefeito terá chances reais de vitória diante do caos do município.
Unidos vencem
Se Mazinho e Gehlen se unirem se tornam muito fortes, mesmo com a liderança que a ex-prefeita Toinha Vieira (PSDB) ainda tem. Se houver entendimento partidário entre PP e PMDB, na minha avaliação, serão favoritos.
A hora de rifar
Provavelmente os caciques da FPA não correrão o risco de disputarem a eleição em Sena com o atual prefeito Mano Rufino (PR). Vários nomes estão surgindo para enfrentar o desafio. Inclusive de um sobrinho do ex-prefeito, Nilson Areal (PSL).
Cada partido com a sua cara
Essa história de união das oposições no Acre é balela. Só existe um ponto em comum em todos os partidos que não fazem parte do atual Governo, o desejo de derrotar o PT. Mas por outro lado, PMDB, PSDB, PP e PSD têm programas partidários muito distintos uns dos outros. Deveriam se fortalecer internamente para passarem confiabilidade aos eleitores.
Partidos com os cofres cheios
Aprovado o aumento do fundo partidário em quase 200%. Isso significará anualmente aos cofres públicos brasileiros um desembolso de R$ 900 milhões. Em tempo de crise econômica é um absurdo. Ainda mais levando-se em conta que a maioria dos partidos brasileiros são legendas de aluguel que servem para enriquecer medíocres dirigentes partidários.
