Sem estrutura, agentes penitenciários temem trabalhar em presídio

Falta de algemas, escudo, colete balístico, munição e armamento são apenas alguns dos problemas encontrados pelos agentes penitenciários de Cruzeiro do Sul (AC) para atuar na segurança do presídio Manoel Nery da Silva. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre, Dalvanir Batista, a situação interfere diretamente no trabalho que deve ser realizado diariamente. A informação é do site Juruá Online.

“Isso coloca em risco a atividade exercida pelo agente penitenciário. temos essa carência de pouco material. não estamos sendo atendidos, nosso instituto não dispõe de recursos suficientes para atender essa demanda. Nós como sindicato estamos sempre pedindo, fazendo requerimentos e relatando a situação”, contou o vice-presidente.

Dalvanir relatou ainda que o número de agentes que trabalham atualmente no município é reduzido. Segundo ele o último concurso  foi realizado há 5 anos.

“O pior é que não temos nem previsão de quando deve ter outro concurso. Nosso quadro de pessoal está baixo. Já teve concurso para Policia Civil, para Policia Militar, mas para agentes penitenciários ainda estamos esperando”, destacou.

O presídio Manoel Nery da Silva conta com dois prédios diferentes, sendo apenas um deles com muralha. O outro prédio não dispõe de nenhuma rede de proteção externa. O agente penitenciário e assessor de comunicação do sindicato, Elias Marçal, alertou que a situação deixa todos em vulnerabilidade.

“O outro não dispõe de nenhum tipo de aparato para dispor segurança, tanto para o agente como para os presos. Já aconteceu fuga nesse novo pavilhão”, relatou.