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Sesacre diz que não há correlação entre mortes e a estrutura

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Da redação ac24horas
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Desde o mês passado o ac24horas tem apresentado uma série de denúncias de familiares e gestantes que procuram a Maternidade Barbara Heliodora em busca de atendimento. As denúncias vão desde a demora e precariedade no atendimento, até a morte de bebês, supostamente motivada por essas denúncias. De fevereiro a março foram contabilizados 22 óbitos de recém-nascidos.


A causa das mortes ainda não foi divulgada pela direção da unidade. A Secretaria Estadual de Saúde, por meio do secretário Armando Melo, afirma que “não há uma correlação entre as mortes dos bebês e a estrutura da maternidade” e que aguarda o laudo previsto para ser concluído em até 120 dias.


“Estamos aguardando o relatório da equipe de vigilância do óbito, que registra, acompanha e investiga todos os óbitos ocorridos naquela unidade. Assim que for emitido o parecer com as devidas informações sobre a causa morte, estaremos atuando nessas causas, a fim de mudar essa realidade. Antes disso não é possível chegar a uma conclusão de que as mortes dos bebês têm haver com a eventual falta de estrutura”, explicou Armando Melo.

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Profissionais de enfermagem denunciam precariedade, sobrecarga de trabalho e desvio de função

De acordo com informações repassadas pela presidente do sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Acre, Rosa Nogueira, a sobrecarga de trabalho tem acarretado elevados índices de stress aos profissionais da saúde, que atuam na maternidade.


“Antes um profissional atendia em média 8 gestantes, agora a média está entre 16 a 18, em virtude do programa de Alojamento Conjunto, que coloca o recém-nascido ao lado de sua mãe durante as 24 horas, no mesmo ambiente, até a alta hospitalar, mas a tarefa de cuidar de ambos acaba recaindo sobre os profissionais em enfermagem, sem contar que eles não foram treinados para oferecem atendimentos a mãe e filho”.


Rosa Nogueira denuncia também a falta de materiais de insumo e problemas estruturais como goteiras na sala de pré-parto, falta de critério no armazenamento de medicamentos e desvio de função.


“Estamos enfrentando um problema terrível na maternidade. Estamos expostos a sérios riscos não só aos profissionais, mas aos pacientes. Não tempos a quantidade de profissionais necessária pra atender a demanda e desde que foi instituído o Binômio, o trabalho dos profissionais dobrou e vale destacar que eles não receberam treinamento específico para cuidar da mãe e do bebê. Além disso, a direção determinou que os profissionais de enfermagem realizassem o exame do coração do bebê pós-nascimento. Esse exame deve ser feito por um pediatra. Esse exame não poderia ser realizado por um profissional de enfermagem”, denunciou.


Em resposta a denúncia de desvio de função na realização do “teste do coração”, o diretor da Maternidade, Edvaldo Amorim, explicou que não há exercício indevido e tampouco perigo a vida dos bebês, pois os procedimentos iniciais são simples e de fácil execução.


“O uso do oxímetro (aparelho que mede os batimentos cardíacos, oxigenação no sangue e outros dados da criança) pode ser feito por um profissional em enfermagem, pois o procedimento consiste em prender uma espécie de presilha no dedo da criança, após alguns segundos é possível obter a leitura desses dados. O profissional deve anotar as informações no prontuário do bebê e somente o médico está habilitado a avaliar e analisar os dados coletados. Logo não há desvio de função, o profissional de enfermagem executa os procedimentos de coleta de dados e não de avaliação médica”, explicou por meio da assessoria.


O secretário estadual de Saúde, Armando Melo, informou que até o final do mês de abril estará realizando a convocação de novos profissionais de enfermagem e diz estar sensível aos problemas decorrentes da alta demanda no atendimento.


“Estamos sensíveis ao problema gerado pela alta demanda, estamos pedindo que a empresa responsável pela obra acelere a conclusão da reforma e finalização da obra de ampliação. Fizemos também um remanejamento de pessoal e convocação de novos profissionais até o final deste mês estaremos convocando mais aprovados no concurso efetivo. Os problemas relativos à falta de estrutura podem existir, mas de forma momentânea. Há situações isoladas e excepcionais, mas o que precisa para atendimento não está em falta. A Sesacre – via Governo do Estado – está somando esforços e traçando soluções a curto, médio e longo prazo para oferecer melhor atendimento à população”, frisou.


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