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Empresário compra rádio do jornalista Washington Aquino no Juruá

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Uma notícia surpreendente. O empresário Alan Almeida, de 32 anos, comprou a rádio Ocidental FM de Porto Walter que pertencia ao radialista Washington Aquino (PC do B). O novo proprietário não falou nos valores da transação, mas confirmou que toda a papelada de transferência já foi feita e a rádio agora é de sua propriedade. Alan começou há cinco anos um pequeno negócio de transporte de passageiros pelo rio Juruá entre Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, o Expressinho do Juruá. Utilizando lanchas com motores de popa e também com rabetas, em tempos de rio seco, o empreendimento se tornou um sucesso na região. Uma alternativa às viagens de recreio entre os municípios juruaenses que chegam a durar até dois dias. O Expressinho oferece passagens acessíveis e um tempo de viagem muito menor. Agora, o empresário entra também no ramo de comunicação social.


Futuro político
Alan, que é filiado ao PC do B, e sobrinho da ex-deputada Perpétua Almeida (PC do B), me contou que tem sido convidado à disputar a prefeitura de Porto Walter, em 2016. Mas já adiantou que não deverá ser candidato porque prefere dedicar-se integralmente aos seus negócios.

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Negócios em primeiro lugar
O empresário revelou ainda que mantém boas relações tanto com o Governo do Estado quanto com o atual prefeito de Porto Walter, Zezinho Barbary (PMDB). Garante que a sua emissora se manterá imparcial politicamente. A Ocidental FM tem um transmissor de 5 mil quilowatts, mas tem usado apenas 3 mil da sua potência.


Consequências de uma campanha eleitoral?
O ex-proprietário da emissora, Washington Aquino, foi candidato a deputado estadual em 2014. Teve uma votação muito pequena apesar de apresentar um programa de rádio em rede para todo o Estado, Gente em Debate e, outro matinal na TV 5. Aquino sempre foi um dos jornalistas mais alinhados ao governador Tião Viana (PT) desde os tempos do Senado.


Não misturem alhos com bugalhos
Antes que alguém queira associar o sucesso do empresário Alan com a política quero esclarecer. Acompanhei de perto o surgimento do Expressinho do Juruá. O sucesso foi fruto de muita batalha do jovem empresário. Isso qualquer pessoa da beira do rio Juruá poderá confirmar. O empreendimento foi ousado e os barcos comprados foram frutos de reinvestimento.


Contradição
Acompanhei várias entrevistas de manifestantes que participaram do movimento Fora-Dilma, Brasil afora. A maioria fala a mesma coisa: que estão se manifestando a favor da democracia. Mas ao mesmo tempo pedem a intervenção militar. Vai entender.


Movimento esvaziado no Acre
Algumas disputas internas dentro do movimento no Acre enfraqueceram ainda mais o evento de domingo, 12 de abril, em Rio Branco. Houve bate-boca entre lideranças através de grupos de wattssap e pelas redes sociais. Apenas cerca de 300 pessoas apareceram para se manifestar.


Mais uma contradição
Alguns manifestantes do Acre cobraram a presença dos políticos no ato. Mas se justamente essas manifestações se caracterizam pela forma espontânea e despartidarizada como os políticos iriam aparecer? Se o movimento se tornar partidário então terá apenas objetivos eleitorais.


A verdade dos fatos
Tanto no Acre como no resto do Brasil as entrevistas que assisti de algumas lideranças do movimento projetam carreiras políticas pessoais. Fica estranho. Tipo assim, tirem esses que estão ai me coloquem no lugar. A hora para isso são as eleições.


Dilma se articula
Enquanto os manifestantes iam à rua pedindo o seu impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) chegava de uma viagem ao Panamá. Lá esteve reunida com os chefes de estado de toda América Latina. Dilma aproveitou e convidou o presidente norte-americano Barack Obama para visitar o Brasil em junho.


A tese de Sibá derrubada
O presidente Obama aceitou o convite e já marcou o encontro com Dilma no Brasil. Essa relação amistosa entre a presidente brasileira e o norte-americano derrubam a tese do deputado federal Sibá Machado (PT) de que a CIA está por trás das manifestações contra o Governo de Dilma.


Outro momento
Não acredito que a cúpula das Forças Armadas tenham interesse em golpe militar. Muito menos que os Estados Unidos queiram o estabelecimento de uma ditadura no Brasil. O cenário de 1964, com a Guerra Fria, era outro.


Quem dorme em berço esplêndido não está livre de pesadelo
A presidente Dilma não deveria levar em consideração a diminuição de manifestantes nas ruas brasileiras. Algumas recentes medidas do seu Governo apontaram para a possibilidade de uma luz ao final do túnel. Mas o nível de descontentamento da população ainda é grande conforme indicam as pesquisas publicadas no final de semana. Houve uma espécie de trégua entre março e abril. Mas definitivamente se a presidente não continuar um processo gradual de mudanças poderá viver uma turbulência ainda maior. Dilma dividiu o poderio do seu Governo entre o PT e o PMDB. Isso acalmou alguns setores da sociedade. Por outro lado, nesta segunda, 13, as ações da Petrobras subiram 7% num único dia. O dólar tem se mantido num patamar mais reduzido. Para manter-se na presidência até 2018, Dilma precisa ouvir e falar inspirada por bons conselheiros para não cometer nenhum engano que poderá ser fatal. A situação ainda não está controlada e ponto final.


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