Sindicalistas fecham agência do Bradesco no Bosque, na capital

A falta de funcionários, a reclamação dos clientes e a sobrecarga de trabalho no Bradesco levou o Sindicato dos Bancários do Acre a fechar a agência Bosque na manhã desta sexta-feira (10/04).

Pela manhã, os dirigentes sindicais estiveram na porta da unidade explicando os motivos da paralisação e entregando o Jornal Raios, informativo dos funcionários aos clientes e usuários. O diretor sindical e funcionário do Bradesco, Marcos Nogueira, o Marcão, presente ao ato, explicou à imprensa que inadmissível que um banco, como o Bradesco, que lucrou R$ 15 bilhões no balanço de 2014, ofereça um atendimento tão precário, onde muitos aposentados precisam chegar pela madrugada na porta da agência para receber atendimento.

Nas últimas semanas agência Bradesco Bosque está apresentando superlotação. O espaço físico da unidade e reduzido para o número de clientes e usuários. A cada fim de expediente, é natural rever nos semblantes dos funcionários o cansaço físico e psicológico do dia exaustivo de trabalho. De acordo com informações, a unidade está abrindo as portas às 7h da manhã, uma hora antes do horário normal de funcionamento da rede bancária.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, a ação do Sindicato visa abrir um canal de negociação com o Bradesco para que este passe a cumprir não com as determinações da Lei Municipal nº 1.635, aprovada em março de 2007 pela Câmara de Vereadores de Rio Branco, que limita o tempo de espera para atendimento nas unidades bancárias, mas que também garanta condições dignas de trabalho aos seus empregados.

“Queremos chamar a atenção da população e das autoridades para a existência da Lei do tempo de espera nas unidades bancárias e, ao mesmo tempo, mostrar a necessidade de obrigar todos os bancos que atuam em nossa capital a cumprir com lei”, finaliza Edmar Batistela.