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Deputado acreano legisla a favor de município do Amazonas

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Da redação ac24horas
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Parece que os atuais deputados eleitos para a atual legislatura da ALEAC perderam a noção de jurisdição. Além de debates sobre maioridade penal, relações internacionais com a Bolívia, que seriam apropriados ao Congresso Nacional, agora, também querem interferir no Amazonas. Parece que o temor que alguns setores da FPA tinham durante a campanha eleitoral sobre o senador Gladson Cameli (PP) de que ele fosse legislar pelo estado vizinho “encarnou” num outro parlamentar do Acre. O deputado estadual governista Josa da Farmácia (PTN), na sessão dessa quarta, 8, fez uma série de críticas sobre a situação de abandono do Guajará (AM). Chegou a pedir à imprensa que divulgasse seus apelos para sensibilizar o governador amazonense Professor Melo (PROS), a quem acusa de não visitar o município. As denúncias se referiam a infraestrutura, a segurança pública, a saúde, etc. Talvez Josa, que mora em Cruzeiro do Sul, há 16 quilômetros do Guajará, no Amazonas, tenha se esquecido que a Assembleia Legislativa amazonense fica há mais de 3 mil quilômetros de Rio Branco. O governador amazonense deve ter ficado muito preocupado com as denúncias feitas na Assembleia do Acre (sic).


Legislando em causa própria
Um outro ponto a se destacar nessa mesma sessão foi o deputado estadual André da Droga Vale (PRP) pedir  uma moção de aplauso ao médico que o operou. André esteve afastado da ALEAC por alguns dias por motivo de saúde.


A mão e a luva
Já a deputada estadual Leila Galvão (PT) afirmou que já está na hora da oposição elogiar os avanços sociais do Acre. Parece que o deputado Jairo Carvalho (PSD), de oposição, entendeu o apelo e disse que realmente não se pode falar mal do Estado.

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Educação da Suíça
Quem ouviu o pronunciamento do líder do governo, deputado Daniel Zen (PT) sobre a educação do Acre deve ter se animado. Primeiro jogou a culpa das mazelas existentes aos prefeitos do PMDB.  Sobre os governos estaduais peemedebistas vociferou: “A ética não me permite dizer como eram as coisas”.


Rebate
A deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) contrapôs o líder afirmando que o IDEB do município Cruzeiro do Sul, com gestão do PMDB, tem média de 4,4. Enquanto o mesmo índice de verificação de qualidade de ensino do Ministério da Educação (MEC) para o ensino secundário do Estado tem 3,3 numa escala de 10.


A culpa é dos outros
Sempre que surge uma polêmica no Acre a culpa é jogada para cima dos governos estaduais do PMDB. Só que na realidade o partido só governou o Estado durante 8 anos, quatro de Flaviano Melo (PMDB) e  mais quatro de Nabor Júnior (PMDB).


Contas erradas
Na verdade o discurso político da FPA coloca na conta do PMDB todos os outros mais recentes governos que não foram do PT. Considero isso um erro. Continuar fazendo oposição a quem não está mais no poder é fugir das próprias responsabilidades.


Rabo de foguete
O debate entre os deputados estaduais Dr. Jenilson (PC do B) e Gehlen Diniz (PP) descambou para ofensas. O comunista pediu para o colega olhar para o próprio rabo. Isso se referindo ao fato do nome do senador Gladson Cameli (PP) ter aparecido na lista de denunciados da Operação lava Jato.


Rebate à altura
Ofendido, Gehlen Diniz  se referiu à viagem pelo rio Juruá, ao Amazonas, do então presidente da ALEAC, Edvaldo Magalhães (PC do B). Gehlen considerou uma farra com dinheiro público. Por esse caminho de qual partido cometeu mais irregularidades não se vai chegar a lugar nenhum.


Nem tanto ao céu e nem tanto à terra
Considero o Dr. Jenilson e Gehlen dois bons deputados. Eles têm potencial e percepção da realidade social. Portanto, esse tipo de bate-boca é pura perda de tempo. Achar um partido não tenha rabo de palha na política é missão impossível.


Sem medo da verdade
Os deputados estaduais governistas votaram a favor da proposição de Sinhasique para o Acreprevidência mostrar seus extratos bancários e o relatório dos seus investimentos. Acertaram e jogaram a favor da transparência.


Fragilidade exposta
Essa polêmica em torno da entrevista do senador Jorge Viana (PT) serve para mostrar o que é natural na política. Os desentendimentos, as rivalidades e o fogo amigo entre aliados sempre existiu e sempre continuará a existir. Isso porque a política trabalha com algo muito delicado: a vaidade e o poder.


União sem o cofre é mais difícil
Quando se entoa a cantilena de que a oposição não se une esquecem de um detalhe simples. Não existem cargos de confiança e nem recursos para serem distribuídos aos aliados. Isso realmente torna a união mais difícil.


Os motivos da mágoa de Tião Viana
Uma fonte palaciana me explicou porque o governador ficou chateado com a entrevista do senador Jorge Viana. Tião Viana (PT) ficou 12 anos no Senado. Nesse período foram dois governos de JV e um de Binho Marques (PT). Tião nunca criticou publicamente nenhuma das duas gestões e como senador ainda fez tudo que estava ao seu alcance para ajudar. Por isso, não aceita que aliados, os quais respeitou durante os respectivos governos, queiram usar de suas posições políticas atuais para induzir a opinião à crítica da sua gestão.


Minha visão
Realmente esses argumentos do governador são verdadeiros. Trabalhando na imprensa acreana durante o segundo governo de JV e no de Binho Marques realmente não me lembro de críticas públicas do atual governador. Muito pelo contrário, Tião em algumas vezes tentou controlar seu grupo político para não “agredir” os seus aliados. E isso sou testemunha. Mas acho que o governador peca na maneira como reagiu às críticas. Se após a polêmica entrevista de Jorge Viana tivesse optado pelo silêncio a repercussão teria sido mínima, mesmo porque não havia nada de tão sério explicitamente assim. Claro que as entrelinhas continham críticas veladas. Mas certamente não faltaria oportunidade para Tião Viana rebater elegantemente para a opinião pública dizendo que jamais criticou seus antecessores e, até mesmo pedindo respeito a sua gestão. O efeito seria maior e menos turbulento, acho eu.

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